A presente pesquisa buscou investigar um estudo de caso, de abordagem qualitativa, cujo escopo fundamentou-se na análise de como as experiências vivenciadas pelos estudantes, no ano de 2019, em um Curso de Formação Inicial de professores – Licenciatura em História, em uma Instituição de Ensino Superior Pública na cidade de Teresina-PI – são constitutivas da identificação profissional docente. Partiu-se da hipótese de que no desenvolvimento da identidade docente as experiências vivenciadas pelos licenciandos durante a formação inicial terminam por criar brechas de rupturas com as crenças e as representações cristalizadas da docência. Isto é, ao longo da formação inicial e processo de construção da identidade docente, o aluno se deparará com dois perfis profissionais distintos: o perfil profissional idealizado pelas instituições e o perfil subjetivo, repleto de vivências e experiências. São perfis que influenciarão diretamente na constituição de sua identidade e na atuação profissional, ocasionando tensões sociais entre o dever ser e o ser professor. Dialogou-se inicialmente, no âmbito teórico, com as noções de representações de Denise Jodelet (2001), conceito de identidade profissional docente de António Nóvoa (1995) e Marcelo Garcia (1999) e, as noções de estratégias e táticas de Michel de Certeau (2014). Além disso, as leis e diretrizes que foram criadas pelo Estado relacionadas a formação profissional do professor de História. Quanto a abordagem metodológica, a presente pesquisa fez uso da Abordagem Qualitativa como modalidade investigativa, fundamentando-se em questionários, entrevistas semiestruturadas e pesquisa documental. Constatou-se que prática pedagógica é apresentada como sendo mais consciente e racional do que o é na realidade, ou seja, que a realidade da sala de aula e a prática pedagógica do professor não são alcançadas nos currículos oficiais.