O presente artigo versa apresentar reflexões sobre práticas pedagógicas de alfabetização e letramento na perspectiva da educação como fonte de transformação social no território do semiárido alagoano. Objetiva analisar as possíveis transformações sociais ocorridas nos sujeitos que são participes da Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EJAI) no referido território. Sendo esta modalidade de ensino destinada a jovens, adultos e idosos que por algum motivo não tiveram acesso ao ambiente escolar, ou não puderam concluir o ensino na idade regular, o que não retira seu direito de uma educação pública e de qualidade, porém, observando o princípio da equidade, sua oferta perfaz uma modalidade possível de acesso e permanência. A EJAI apresenta especificidades, perfis próprios de cada lugar, assim como problemáticas únicas, que precisam de metodologias próprias que não só devem ser visibilizadas por seus gestores e professores, como também devem inspirar práticas pedagógicas e estratégias de gestão em toda modalidade do ensino da EJAI. Não há dúvidas que é preciso investir na educação, porém é necessário construir uma agenda integrada de práticas e estratégias pedagógicas efetivas para toda a educação básica, aqui incluindo a EJAI, numa perspectiva de transformação social com base na realidade local e regional que rege o cotidiano de jovens, adultos e idosos, os quais são público alvo da modalidade em reflexão. A metodologia utilizada baseia-se na teoria social de Marx, cuja referencial perpassa o crítico reflexivo, utilizando o tipo de pesquisa bibliográfica e documental, envolvendo assim a realidade do território do semiárido alagoano como delimitação de espaço do objeto estudado. Inferindo-se que os reflexos da transformação social vivenciada pelos sujeitos envolvidos chegam também no cotidiano familiar e social, contribuindo assim para mudanças sociais significativas para todos os membros da família.