Este trabalho tem como escopo refletir sobre como a educação, nos ambientes prisionais, pode promover e ser um dos veículos de ressocialização dos indivíduos privados de liberdade. Em vista a problemática em que estão inseridas as unidades prisionais (lugares de constante vigilância e punição), faz-se necessário demonstrar como a atuação docente, nesses ambientes, tende a propiciar indivíduos críticos e preparados para voltar à sociedade de maneira ativa e cidadã. A educação é um direito previsto em lei e deve ser ofertada em todo em qualquer ambiente, independente das condições sociais ou motivos pelos quais os indivíduos se encontram privados de liberdade. Diante dos documentos orientadores para a educação nas prisões do estado de São Paulo e do ensino da Educação de Jovens e Adultos ofertado em tais ambientes, emprega-se a análise documental e a revisão bibliográfica, que possibilitam o aprofundamento e a discussão entre os autores, de forma que se possa analisar como o ensino é disposto e como o mesmo pode ser um veículo de ressocialização. Diante dos dados coletados, verifica-se que as práticas docentes, assim como o ensino nas prisões, devem estar alinhados à uma perspectiva emancipadora dos indivíduos privados de liberdade, para que funcionem como parte desse processo de ressocialização decisivamente.