A presente pesquisa é fruto de reflexões nascidas da roda de conversa intitulada “Criaturas invisíveis: o (não) lugar de mãe e crianças no IFRJ” na V Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão no Campus Volta Redonda. Em se tratando de instituições educacionais públicas, devemos sempre indagar em que medida essas entidades estão preparadas para acolher servidoras e alunas mães, oferecendo-lhes espaços que viabilizem a prática profissional da mulher e reparem a ausência de uma infraestrutura que subsidie o exercício de atividades maternas dentro do campus, quando necessário. Atualmente no IFRJ campus Volta Redonda, não há espaços apropriados para a permanência de bebês e crianças que, porventura, precisem acompanhar as respectivas mães em atividades cotidianas de trabalho ou de estudo. Não há locais para amamentação e ordenha, espaço que bebês e crianças possam descansar ou estar em segurança enquanto suas mães trabalham ou estudam. As leis e políticas públicas e institucionais não dão conta das realidades enfrentadas por essas mulheres no dia a dia de cuidados com seus filhos e filhas. A pesquisa teve caráter qualitativo, utilizando-se de uma roda de conversa semiestruturada como instrumento de coleta de dados. Os resultados obtidos pela análise de conteúdo apontaram a necessidade de criar políticas públicas que possam garantir acolhimento, qualidade de vida e melhoria nas condições de trabalho da mulher no IFRJ, numa perspectiva inclusiva, afinada com a diversidade e em sintonia com objetivos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), segundo a qual, a prática laboral deve funcionar como princípio educativo pautado na formação omnilateral.