Podemos afirmar que o ensino-aprendizagem, significa, entre outras coisas, desenvolver aptidão para habitar o conflito nas relações com os outros e consigo mesmo. É nesse sentido que afirmamos que eliminando sumariamente os conflitos, as contradições, e as diferenças, acabamos nos enveredando pela dominação do um que sabe. Mais do que isso, Espinosa (2009) nos propõe uma maneira de conhecer que precisa ser em si mesma um remédio para nossa existência, trata-se do gozo de certa forma de afetividade que se dá num jogo de forças afetivas, e sempre políticas, portanto. Isso posto, este texto tem como objetivo investigar as relações entre mente, corpo, conhecimento e afetividade. Bem como as possibilidades didáticas viabilizadas para converter a sala de aula em ferramenta para politizar nossos afetos. Assim sendo, esta proposta surge de observações e práticas implementadas no NEL - núcleo de estudos de línguas - que está vinculado ao EREM Eleanor Roosevelt - Recife - PE. E se fundamenta teoricamente em autores como FREIRE (2015), HOOKS (2013), WALSH (2015) e ALVES (1994), levantando as implicações desses pensadores para a prática pedagógica. Por extensão, afirmamos que esta proposta trata-se, pois, de uma alternativa a perspectivas e interpretações que historicamente nos encarceraram em categorias homogêneas. Logo, este ato político, nos apresenta outras formas de construir relações humanas, e por isso, confiamos que esta pesquisa corrobora na direção de práticas educacionais mais generosas.