Este trabalho tem como objetivo dialogar a respeito da gestão escolar democrática nas escolas indígenas do Estado de Alagoas com o intuito de observar como se dá o processo de organização desse ambiente escolar e o envolvimento com a comunidade indígena. Para isso, utilizou-se a abordagem qualitativa, a pesquisa bibliográfica e a documental, com ênfase na perspectiva crítico-reflexiva. Tendo em vista que a educação dos povos indígenas requer o entendimento do que eles esperam da escola e de quais são os seus anseios para a formação escolarizante de seu povo, é preciso oferecer um ensino pautado em seus saberes ancestrais, culturais, territoriais e étnicos. Daí que a gestão democrática participativa deve ser feita por todos os envolvidos no processo, desde a comunidade interna escolar até os sabedores e as sabedoras desses grupos, dando vez e espaço aos seus líderes, aos mais antigos e todo coletivo pertencente a essa realidade. Para que possa proporcionar a construção de um Projeto Político Pedagógico consolidado nos princípios da interculturalidade, bilingüismo e multilinguismo, e contribuir para a emancipação crítica desses povos indígenas. Em face disso, faz-se necessário analisar os dispositivos legais que as amparam e os mecanismos de participação e atuação da comunidade dentro da escola. Os resultados da pesquisa apontam para a urgência do desenvolvimento prático de uma política educacional direcionada a atender as necessidades e especificidades das comunidades indígenas, para que o processo de ensino e aprendizagem se aproxime da realidade dos povos originários de Alagoas.