As avaliações no ensino superior brasileiro, geralmente, visam a um desempenho final, são pontuais e classificam os acadêmicos em uma escala permanente de notas. O presente estudo objetivou analisar se os professores do ensino superior brasileiro oportunizaram estratégias formativas para as avaliações aplicadas. Este é um estudo observacional do tipo retrospectivo caso-controle, com corte transversal de amostra aleatória significativa da população em estudo: professores de instituições públicas e particulares brasileiras. Foi aplicado um instrumento de análise de desfecho disponibilizado on-line para os professores e, foram coletadas 203 respostas. Verificou-se que 71,4% dos professores precisaram rever nota ou conceito aplicado em algum momento no semestre e, 63% dos docentes deram a oportunidade de refazimento de avaliações realizadas. Todos os docentes aplicam feedback para seus alunos, seja individual (18%), coletivo (43%) ou das duas formas (39%) em um mesmo semestre. Dentro do universo de docentes que realizaram revisão de nota ou conceito, refazimento de avaliações e deram algum feedback, 31,4% são de instituições públicas, 60,8% particulares e 7,8% são de ambas as instituições. Os indicadores selecionados no estudo evidenciam que o papel da avaliação vem sendo ressignificado e, além de diagnosticar e avaliar saberes de maneira reflexiva, ela subsidia a tomada de decisões para a melhoria da qualidade do desempenho do educando, sendo importante o investimento na formação pedagógica continuada do professor de ensino superior.