A partir de uma análise histórica, num horizonte de oportunidades acadêmicas inexistentes para pessoas negras no Brasil, ao longo de séculos, isto é, a cor era um fator determinante no ingresso nas universidades do país, e mesmo após a abolição da escravatura, a falta de políticas públicas impossibilitou a consolidação dos negros enquanto acadêmicos. A partir do exposto, esse trabalho se propõe a quantificar as pessoas negras que estudam no curso superior de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) campus Ipanguaçu, e analisar o porquê do quantitativo ser numericamente baixo, tendo em vista que constituímos mais da metade da sociedade brasileira, mais especificamente 48.388.475 milhões – o equivalente a 50,74% da população - segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A natureza deste trabalho é quantitativa e qualitativa, desenvolvendo-o a partir das contribuições intelectuais de Valério et al (2021); Fernandes (2016) e Santos (2011); o quantitativo de estudantes foi disponibilizado mediante o pedido ao acesso da quantidade de alunos e alunas pretas no referido curso, através de solicitação na secretaria do mencionado campus, no recorte de 2018 à 2023. Espera-se ao fim deste trabalho que haja uma clareza entre o número de pessoas negras nas universidades em dissonância com a representação majoritária negra na sociedade, mesmo após algumas políticas públicas de reparação, a exemplo da lei de cotas