Notando a relevância do debate sobre a educação das escolas de fronteiras de forma integrante, esse artigo tem como objetivos apresentar o conceito de fronteira cultural, mais específico em relação às cidades gêmeas e verificar a influência da implantação do Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF). Foram analisadas a grade curricular das escolas, tendo em vista a relação das identidades e multiculturalidades sociais dos alunos e dos habitantes fronteiriços. O PEIF foi desenvolvido tendo como visão o formato da educação integral, a carga horária de até sete horas diárias que têm os alunos que participam do programa e o currículo intercultural, este prepara os estudantes para conviver no contexto cultural fronteiriço, marcado por integrações e exclusões culturais existentes providas de um povo com constante troca cultural de diversos países. Com estes objetivos, foram analisadas algumas escolas nos municípios que possuem fronteira com o Uruguai, Brasil e Paraguai, como Santana do Livramento e Porto Xavier, ambas localizadas no Rio Grande do Sul (RS). Com base na teoria inatista e construtivista de WALLON (2007) e na visão histórica e econômica da região segundo PESAVENTO (2006), foram encontradas falhas na metodologia como a falta de preparação das instituições para receber o nível do aluno que chega à escola, também uma dificuldade de interação entre os alunos e professores nativos com os professores imigrantes. Essa falha reflete na aprendizagem e na quantidade de estudantes que abandonam esse programa.