A modificação no currículo escolar brasileiro, que acarretou a reforma do Ensino Médio reverbera mudanças significativas na prática de ensino e organização das escolas públicas e particulares do país. O presente artigo tem como objetivo compreender o lugar do professor de história com a implantação do Novo Ensino Médio - NEM no turno noturno das escolas estaduais de Ensino Médio, como lócus estudaremos a Escola Estadual Prefeito Antônio Conserva Feitosa, na cidade de Juazeiro do Norte- CE. Em um processo de adaptação, professores e coordenadores buscam aplicar um novo currículo, com nova carga horária, novo material didático e velhos problemas estruturais nas escolas. Com o NEM, as turmas de 1º ano, a partir de 2023, tiveram sua grade curricular modificada, uma das novidades foi a implantação da disciplina Ciências Humanas Sociais Aplicadas, que objetiva apresentar uma nova composição de conteúdo, esta matéria substituiu, as antigas disciplinas História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Os professores das disciplinas citadas acima, passaram a ministrar a nova. Vale ressaltar, que houve a substituição do docente com a habilitação em cada matéria, para apenas um, independentemente de sua habilitação, para ministrar a Ciências Humanas Sociais Aplicadas. Como técnica metodológica utilizamos o método bibliográfico, dialogando com o docente da escola em lócus e com autores como Cara (2023) e Saviani (2008) evidenciamos problemas que surgiram com o NEM e sua relação com o projeto neoliberal na educação. A cultura escolar e a formação dos docentes, deixa nítido conflitos com a nova realidade. Deste modo, o artigo discute as consequências que esse projeto apresenta para o docente em história devido a fragmentação dessa disciplina.