Através das redes sociais, diversas temáticas ganham visibilidade entre o público jovem, bem como propagam-se nomenclaturas que compreendam as pautas que entram em voga nas plataformas interativas. Nesse percurso, externo às redes, a masculinidade tóxica é um termo que tem se apresentando recorrente no linguajar dos jovens inseridos no ambiente escolar, para designar comportamentos considerados de cunho machista. Nessa direção, aproveitemos o ensejo para abordar o tema pela via da literatura, a fim de conscientizar os alunos, esses cursando a terceira série do Ensino Médio, sobre as raízes socioculturais que permeiam o comportamento negativo de alguns indivíduos. Para isso, selecionamos o conto brasileiro intitulado “Lágrimas e Testosterona”, de Moacyr Scliar, com o intento de propor uma leitura crítica acerca da situação narrada à luz das reivindicações engendradas pelos estudos feministas. Nesse caso, assumimos a função de mediadores no debate entre os estudantes. Nesse sentido, para a construção da pesquisa, buscamos respaldo teórico em Cosson (2012), Nolasco (1997), Beauvoir (2017), Albuquerque Junior (2013), além das recomendações propostas pela BNCC (2018). Ao final dos encontros, os ecos da discussão surtiram efeitos na prática, tendo como base o texto literário, notamos o engajamento e interesse da maior parte da turma na leitura e no tratamento de questões que envolvem gênero e sexualidade ao ponto de solicitarem novos encontros com semelhante proposta .