Este relato apresenta o alinhavar de alguns pontos da minha trajetória de formação e experiências profissionais. Apresento essa trajetória, através de uma metáfora com o processo de confecção de uma colcha de retalhos, uma ideia que não é inédita, mas que comporta interessantes possibilidades, pois significa a organização de partes (os retalhos), num todo articulado e harmonioso (a colcha). Cada retalho pode ser representado por períodos vividos, com as marcas peculiares de experiências significativas construindo uma história de vida. Os procedimentos para o desenvolvimento desse relato ocorrem a partir de leituras e discussões sobre vários textos acerca da formação de professores, histórias de vida, memórias e (auto)biografias. Aqui narro o meu processo de formação, ingresso e percurso relativos à vida profissional; as necessidades advindas com a profissão; as práticas e saberes adquiridos e (re)construídos, através do encontro com a metodologia (Auto)biográfica. Trata-se de um recorte que faz parte das nossas reflexões sobre o objeto de estudo discutido na realização de um trabalho de mestrado em educação. O método de pesquisa tem por base a abordagem qualitativa, utilizando como método de investigação a pesquisa (auto)biográfica. Apontamos as narrativas (auto)biográficas como um caminho para a reflexão da prática e da formação docente, que tem como foco o sujeito aprendente, seu cotidiano e suas experiências. Para a efetivação do trabalho, nos fundamentamos em JOSSO(2010), PASSEGI(2008), SOUZA (2006), TARDIF (2012), FREIRE (1996), entre outros. Como resultado desta narrativa, considero que esse momento serviu não apenas para reviver, lembrar, mas para reconstruir, repensar a trajetória pessoal e profissional nos tempos atuais. Rememorar fatos por meio da narrativa, das experiências vividas e imaginadas, representa uma reconstrução e uma reinvenção por meio da memória.