O presente artigo traz o processo de construção do currículo de Artes na cidade Berço da Liberdade na perspectiva de falas de professores da educação básica que atuam no município de Benevides. A pesquisa busca um caminho epistemológico que consolide a trilogia de: conhecimento teórico, vivências pedagógicas e a memória cultural do povo. Buscando reflexões freireanas na Pedagogia da Autonomia e na Práxis Emancipadora, com foco na formação de professores. O recorte feito baseia‐se nos estudos das teorias do currículo, com ênfase na fase crítica. Ressalta também a importância da práxis nos processos educacionais como forma de democratização dos saberes e da criação artística e salienta a autonomia docente na elaboração das propostas curriculares. Deve-se adquirir uma visão epistemológica, política e sociocultural para dar qualificação às práticas pedagógicas, nos diferentes momentos do processo de construção curricular, levando em conta que todas as questões sociais devem ser associadas e debatidas dentro das atividades pedagógicas da sala de aula, considerando a arte como uma forma genuína de expressão, carregada de respeito pelas diversidades, expressão crítica e olhar sensível, mas também como um meio de transformação social. Para buscar a identidade não bastam os discursos, pois o que caracterizará o caminho de um novo fazer são os elementos transformadores presentes na ação. Devemos, portanto, procurar caracterizar as referências pedagógicas nas práticas usuais da escola para melhor compreender suas propostas educacionais, para só então planejar possíveis formas de intervenção.