A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que espera o fim da pandemia de COVID-19 este ano. Isto é, apesar de a situação de emergência em saúde ter sido declarada por muitos países, inclusive o Brasil, oficialmente, ainda estamos em contexto pandêmico. Quando as aulas presenciais retornaram, em 2022, houve um longo período de adaptação, cada vez que os casos da doença tinham um aumento. Assim, habituamo-nos a oscilações entre ensino presencial, remoto e híbrido que, em muitos contextos, ainda perdura. Mesmo considerando o fim da pandemia oficialmente, sabemos que em muitos contextos, dentre eles o educacional, certas mudanças que ocorreram durante a pandemia continuarão, sejam elas de cuidados e higiene, sejam de (aumento do) uso de tecnologias digitais nas aulas, sejam ainda relativas ao uso de metodologias de ensino híbridas. Assim, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a formação de professores de línguas no contexto (pós)-pandêmico. Para tal, apresentarei discussões de professoras/res universitárias/os e pesquisadoras/es brasileiras/os de línguas acerca de suas experiências nesse âmbito (WINFIELD; WILL, 2021; BEZERRA, 2021; PINHEIRO, 2021; SORTE, 2021; MAYRINK; ALBUQUERQUE-COSTA; FERRAZ, 2021; STANKE; FERREIRA, 2022). Em seguida trarei um relato de minha experiência e reflexões sobre esse contexto. Espero que este trabalho possa contribuir somando-se às tantas reflexões que vem ocorrendo em todo o Brasil sobre o que é formar professores de línguas diante de tantos desafios e incertezas, no entanto, apontando possibilidades e perspectivas positivas.