A família desde a modernidade se consagra como um importante agente no processo histórico e social de definição da categoria infância, tornando-se a principal estrutura no cuidado e preocupação com a criança. Nesse sentido, os pais são os primeiros agentes na constituição de variados aspectos do desenvolvimento (moral, social, cognitivo e biológico) sobretudo no que se refere ao desenvolvimento moral, auxiliando no surgimento das primeiras noções de respeito, limites e na compreensão das regras sociais. A família introduz a moralidade infantil, fundamental ao crescimento sadio consigo mesmo. Estudos apontam que as relações familiares quando fundamentadas na afetividade, respeito, cooperação e diálogo permitem à prole atingir melhores níveis de autonomia, empatia, respeito por si e pelo outro e autoestima. O Programa de extensão “Relações Familiares: um diálogo necessário” desenvolveu uma ação em 2021 e 2022 com o objetivo de trabalhar as relações familiares com pais de adolescentes ou responsáveis. Tendo como objetivo o desenvolvimento moral, fundamentado na afetividade entre pais e filhos. Foram trabalhadas, através das redes sociais, temáticas como autonomia, limites, valores e práticas parentais, em que oportunizou-se a reflexão e a compreensão do público sobre estes aspectos. Observou-se a participação e interesse da comunidade nos procedimentos realizados durante este período, ainda que virtualmente; Constatou-se que as postagens na rede social auxiliaram as dinâmicas familiares do público trabalhado e facilitou a reflexão acerca de temáticas fundamentais às famílias, sendo a temática sobre a importância do diálogo nas relações parentais a melhor avaliada pelo público em pesquisa, ou seja, a que mais gostaram. Verifica-se, assim, a importância da proposta de se trabalhar a moralidade e o desenvolvimento sócio-moral a partir das relações familiares, tendo em vista que este é um espaço em que variadas perspectivas, concepções e debates ocorrem diariamente.