A década de 1930 é marcada historicamente pelo início da segunda República no Brasil com a destituição do presidente eleito, Washington Luís, pela junta militar e o início da Era Vargas, com o governo provisório (1930-1934). As tentativas de modernizar, via educação da população, o país na Primeira República intentava à necessidade de conceber a imagem de país que havia abandonado seus traços coloniais, dessa forma, inúmeras iniciativas foram realizadas para a educação da população. Em Minas Gerais destacamos a criação, em 1927, da Escola Doméstica de Brazópolis, primeira do Estado nesse âmbito. Tal instituição objetivava a formação de mulheres para a prosperidade no lar, a diminuição de casos de divórcios e profissionalização da maternidade para educar o homem moderno e, para tanto, estando este ensino indissociável da moral católica. Em 1934 é publicado a primeira edição do jornal A Luz, escrito por alunas da Escola Doméstica de Brazópolis e publicado para a população da cidade de Brazópolis (MG) e região (sul mineira). Este estudo tem como objetivo analisar as intencionalidades de educação para mulheres nesta instituição presentes e/ou subjetivas nas narrativas e literatura na primeira edição do Jornal A Luz, publicado em 1934. A metodologia seguiu a perspectiva da História Nova Cultural. As fontes utilizadas incluíram legislação, textos de jornais e regimento da instituição. Os resultados parciais apontam expressiva presença da moral católica na educação das alunas da Escola Doméstica de Brazópolis, refletidas nos artigos publicados no impresso “A Luz” em sua primeira edição (1934), e como intencionalidade deste jornal a busca de reforçar a importância e valorização da educação das mulheres a partir dos preceitos católicos para o desenvolvimento social e econômico da cidade e região considerando o aprimoramento nas tarefas cotidianas da casa e a formação da prole, ou seja, do homem do amanhã.