Temos tencionado as problematizações que envolvem a questão de Gênero no campo do Estudos Culturais. Na medida em que ampliamos nossos direcionamentos, indagamos as discussões sobre ambivalência, sutura, representação e a subalternidade como eixo que transita na produção dos modos de ser por meio das experiências de si que constituem as idenidades de gênero. Como, nas dinamicas sociais, ocorrem as suturas, as negociações, a representação de si e do outro? Quais narrativas de si tem sido debatidas sobre Gênero e sexualidade que, negociadas com o Campo dos Estudos Culturais, nos auxiliam, como pesquisadoras, a perceber jogos discursivos que constituem identidade e diferença? É mediante tais questionamentos que, neste excerto, discutiremos elementos que nos auxiliam a construir narrativas teóricas-metodológicas que se articulam a proposta de dissertação de Mestrado que olha como as políticas e práticas pedagógicas no Sul do Amazonas têm estabelecido suturas no contexto de sala de aula. Os Estudos Culturais, como campo fluído, polissêmico e ambivalente, nos auxilia a deslizar nos ‘entre-lugares’ que constituem a escola a narrativa política sobre gênero e suas questões no ambito escolar. Por meio de levantamentos daquilo que já foi tencionado (revisão de literatura) propomos estabelecer as ambivalências sobre gênero como conteúdo curricular e as funcionalidades dada pelas políticas públicas à escola para o debate que constituem novos olhares na produção de identidades/diferenças em seu contexto.