O presente trabalho organiza por meio da análise das produções acadêmicas dos últimos cinco anos uma amostra dos movimentos que vêm ocorrendo para promover uma educação inclusiva no acolhimento da diversidade humana, tendo nos processos de formação de professoras os potencializadores do debate e das ações nesse sentido. Possuindo como marco históricos as declarações de Jomtien (1990) e Salamanca (1994), a Educação Inclusiva passou a ocupar espaço de reflexão e ação no cenário mundial desde então, com o propósito de garantir a todas as pessoas o direito de acesso a aprendizagem pela educação, promovendo o respeito e o reconhecimento à diversidade de características e necessidades apresentadas pelos seres humanos. A implementação das políticas de educação inclusiva no Brasil tem proposto, dessa forma, novos paradigmas aos espaços educacionais e lançado desafios e questionamentos ao modelo educativo vigente, exigindo ressignificação dos processos de ensinar e aprender, bem como do próprio currículo. No entanto essa não tem sido tarefa fácil, pois adentra questões do subjetivismo social e cultural da população, além das relações de poder imbrincadas no ser e fazer nos espaços escolares. Nesse interim surge a necessidade de sensibilização e reeducação dos conceitos e práticas, tendo nos processos de formação de professoras um caminho possível e viável. Caracterizando-se como pesquisa qualitativa exploratória e por procedimentos técnicos da pesquisa bibliográfica, a abordagem dos dados será realizada empregando-se a Análise Temática (BRAUN & CLARKE, 2006) para sua interpretação, que se encontra em fase inicial da pesquisa.