Quando falamos do ensino-aprendizagem das línguas latinas de maior abrangência na América do Sul (português e espanhol) sabemos que há muitos desafios a serem debatidos e encaminhados, já que ambas, por terem a mesma base originária – o Latim, têm muita proximidade, contudo, cada uma delas tem sua especificidade, o que acaba por confundir nativos que estão estudando a outra língua, como no caso da interdependência linguística. Ao serem inseridos no Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) e na gramática normativa da língua portuguesa, os estudantes dos anos finais do ensino fundamental não conseguem dissociar os idiomas no processo de construção da aprendizagem causando uma transferência linguística, como afirma Freitas et al (2021, p.85). Sinalizamos também como mais um desafio a aparente falta de perspectiva dos alunos da rede pública de ensino com relação à aquisição de uma língua estrangeira, bem como a apropriação da língua materna formal, pois por muitas vezes acreditam e afirmam nas aulas que não irão utilizá-la, já que não fazem parte do seu contexto social. Trazendo à realidade da Escola Municipal CAIC Diogo de Braga, situada na no município da Vitória de Santo Antão/PE, há uma tendência de escanteamento da importância de estudar as línguas materna e espanhola por parte de educandos, potencializando assim dificuldades significativas na absorção do conhecimento da linguagem formal e estrangeira. Como hipótese, apontamos a carência de real conhecimento de suas capacidades. Utilizaremos como método de comprovação da hipótese uma revisão bibliográfica e como amostragem utilizaremos a aplicação de questionário com perguntas de cunho qualitativo, para assim analisarmos a fala da amostra pesquisada no sentido de traçar interpretações, alicerçadas nos diálogos propostos pelos autores. Buscamos com esse trabalho expor os desafios, explanar nossas experiências e sugerir alternativas para a melhoria do ensino e aquisição de linguagens.