Este artigo é resultado do desenvolvimento do projeto de extensão “Contando e aprendendo com histórias: navegando pelos contos da virtualidade”, com o objetivo de fortalecer o hábito de leitura, trabalhando com o imaginário e o encantamento que envolve as histórias infantis em crianças que se encontram em vulnerabilidade social. As práticas extensionistas foram realizadas no Instituto de Assistência Social Dom Campelo. Compreendendo que a realidade de cada indivíduo reflete no seu desenvolvimento educacional, buscamos uma nova forma de educar, na qual as necessidades socioemocionais sejam assistidas, bem como o desenvolvimento das habilidades que subsidiam melhores formas de interagir com o mundo. Destacando o pressuposto de que a história e a fantasia exercem grande influência no processo de ensino e aprendizagem, assim como no desenvolvimento das competências socioemocionais, podemos afirmar que a contação de histórias é uma ferramenta crucial para a prática pedagógica. Os procedimentos metodológicos adotados se baseiam na pesquisa bibliográfica secundada pela abordagem qualitativa, tendo sido realizados cinco encontros, marcados por momentos de musicalização, contação de histórias e materializados com a criação e animação de uma história pelo público alvo. Como ponto de partida, temos o fomento das habilidades de comunicação oral e escrita, além das competências socioemocionais, desenvolvidas por meio do enredo das histórias contadas e atividades realizadas. Ressaltamos a necessidade de favorecer trocas de experiências significativas e condizentes com a realidade dos educadores e educandos, uma vez que a educação deve ser significativa, instigante, vívida e pulsante. A contação de histórias está para o educando como um resgate cultural e pessoal, abordando desde os sentimentos e emoções do indivíduo, até a formação de caráter e posicionamentos sociais, relacionando com a dimensão cultural do ser, abrindo um leque de possibilidades e formas de relação com o próprio contexto.