Este artigo objetiva refletir acerca dos discursos conservadores bolsonaristas sobre as questões de gênero e a tentativa de proibição do debate a respeito da temática nas escolas no período de 2018 a 2022, contrapondo-o a partir das respostas emitidas pelo movimento LGBTQIAPN+, por meio de duas perspectivas distintas, são elas: 1- conservadorismo bolsonarista, 2- movimento social LGBTQIAPN+. A primeira perspectiva, a conservadora, entende o gênero como sendo exclusivamente binário (masculino/feminino), macho e fêmea, determinado pelo plano biológico e instituído pelas normas sociais tradicionalmente patriarcais. Na segunda, os movimentos sociais em especial, o LGBTQIAP+, que objetiva reconhecimento identitário, equidade de condições e superação de paradigmas conservadoristas. Tais problemáticas serão pensadas a partir do pensamento de Foucault (2008), Althusser (1980), Scott (1985), Butler (2013a -2013b) e Louro (2003a- 2003b), alicerçadas nas categorias “constituição do sujeito”, “governamentalidade” e “discurso”, com a ideia de “gênero como construção social”. A pesquisa se caracteriza como qualitativa, de cunho bibliográfico, partindo da reflexão acerca dos discursos conservadores bolsonaristas produzidos nos últimos anos e veiculados em diversos meios oficiais/digitais, localizados em pronunciamentos oficiais, discursos emitidos em cerimônias, em redes socias, documentos e nos mais variados momentos de arguição do até então presidente da república e seus correligionários, através de levantamentos feitos via internet.