Esse estudo foi desenvolvido a partir de indagações e reflexões de graduandas dos cursos de Licenciatura em Letras e Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande. Propõe levantar reflexões acerca das atividades infantis desenvolvidas no espaço escolar, uma vez que as questões de gênero e sexualidade continuam sendo abordadas de forma extremamente negligenciada e machista na Educação Infantil. Objetiva refletir como as questões de gênero e sexualidade são trabalhadas por professores(as) na Educação Infantil. A metodologia consiste em uma pesquisa bibliográfica, essa que para Sousa; et al;. (2021), é um processo de investigação utilizada para solucionar, responder ou aprofundar os conhecimentos acerca dos fenômenos estudados, realizadas a partir do levantamento de referências teóricas que já foram analisadas e publicadas como livros, artigos científicos e páginas de web sites. Nessa pesquisa foram investigados artigos e livros dos autores/as que discutem as questões de gênero ou de sexualidade como Hooks (2013), Adichie (2017), D’Ávila (2019) e outros/as. Mediante o pensamento dos/as autores/as, os/as professores(as) apontam que na Educação Infantil as crianças vivenciam experiências que oportunizam conviver com grupos sociais diferentes, tanto na escola como no seio familiar e social, assim, essas relações são importantes para efetivar as intencionalidades pedagógicas, ao tempo em que é preciso atentar para não perpetuar os "papéis de gênero" postos historicamente. Nesse sentido, o pensamento freudiano pontua a sexualidade como sendo um processo de construção do sujeito enquanto indivíduo, que implica um processo conflituoso de construção de identidade a partir do nascimento, assim, entendemos que é crucial trabalhar a sexualidade de forma coerente e sem tabus para que esta se construa consciente e não sofra violência de gênero que a falta de equidade, o machismo e a patriarcado patrocinam. Nesse sentido, sabemos que o papel do educador e da escola é fundamental para essa formação.