O artigo tem como temática uma leitura da docência em filosofia no contexto da pandemia e pós-reforma do Ensino Médio. Para tanto, buscou-se mapear os desafios e potencialidades de processos de ensino e de aprendizagem neste contexto, flertando com uma epistemetodologia de cunho pós-crítico, percorrendo linhas e fugas cartográficas para além dos limites territoriais das metanarrativas educacionais. Com isso, apresenta-se e explora-se outras fronteiras e territórios pedagógicos no campo da educação, postos em relevo na pandemia e na reforma do ensino médio. Ademais, a analítica de documentos e práticas discursivas são pistas para construir outras experiências educativas, as quais perpassam pelas ações estratégicas de democracia e de inclusão, perpetradas pelo arcabouço de políticas educativas, colocando o sistema educacional em tensão e disputa constante. O lugar e o não-lugar do ensino e aprendizagem de filosofia no ensino médio diz do currículo a ser produzido, este lido a partir de suas prescrições, mas, sobretudo, de seus atravessamentos e desdobramentos a uma educação democrática, justa e inclusiva.