O presente estudo busca refletir sobre a cultura feminina e a educação de jovens e adultos, na perspectiva de um dos ritos de iniciação, com a mutilação genital feminina na Guiné-Bissau e as influencias no processo do ensino e aprendizado. A proposta do estudo consiste, sobretudo, no diálogo sociocultural e as suas práticas educativas no entrecruzamento entre gênero e educação no contexto guineense em meio às questões culturais. Nesse sentido, para abordagem desse assunto, mobilizamos a pesquisa qualitativa de cunho bibliográfica, com aprofundamento das questões culturais, sobretudo, femininas e seus atravessamentos na identidade de gênero, na formação humana e na aprendizagem escolar. Deste modo, o trabalho estrutura-se em quatro seções: na primeira, com abordagem sobre políticas públicas orientadas para educação e gênero; na segunda, a reflexão acerca da liberdade e direito das mulheres guineenses; na terceira, apontar os riscos que esta pratica tem para saude das mulheres, na quarta e última seção, apontaremos sobre sensibilização e a prática da mutilação genital feminina. Por via dessa reflexão, compreende-se que é de extrema relevância apontar as possíveis causas e consequências dessas vivências no cotidiano dos sujeitos envolvidos entre conflitos e acertos entre o estado guineense e as fanáticas, mulheres que retornam aos bancos escolares da educação de jovens e adultos.