O texto busca apresentar apontamentos sobre a construção de identidade docente a partir da análise aos depoimentos biográficos documentados áudio-visualmente durante o desenvolvimento do projeto “TRAJETÓRIAS, IDENTIDADES E SABERES DOCENTES”, coordenado pela professora e pesquisadora Lídia Baumgarten, e divulgado no canal do “Centro de Pesquisa e Documentação Histórica UFAL”. Mantendo o objetivo de mostrar as variadas maneiras de se pensar o Ensino de História e de se construir docente, nas diferentes localidades do país, o projeto acaba por desvelar mais que isso. Observei os relatos de construção identitária que evidenciam a precarização do trabalho, e sobre isso decidi escrever. Na discussão que é disposta, por meio desse breve artigo, analiso os elementos dos relatos de professoras e professores, o que dizem da precarização do trabalho, seja no campo das ideias, seja no campo das experiencias dos personagens destacados. Alguns atuantes na Educação básica, outros no Ensino Superior, todos levam em comum a passagem por seus momentos de interação com variadas formas de identidade, categorizadas pelo sociólogo francês Claude Dubar (2020), como: profissionismo, profissionalidade e profissionalismo. A construção de uma forma de ser, interage com a tomada de consciência possibilitada pelo contado com a Educação Histórica, vivificada nos debates coletivos e na escrita acadêmica das várias personagens do fenômeno educativo. Mostro que passam de uma espécie de “hábitos” (BOURDIEU, 1989) do magistério, a uma percepção crítica a este, reconhecendo, aos poucos, que são pessoas na e da História. Considerando os resultados desse trabalho, coletivo, destaco, por meio desse texto, um elemento que soma a pesquisa que desenvolvo em nível de Mestrado no campo da História da Educação.