Quando pensamos em exclusão escolar, cabe indagar: quem são os excluídos? Como essa exclusão pode acontecer? De modo geral, estar excluído pode significar estar fora da escola. Por outro lado, estar na escola não é garantia de inclusão, uma vez que aos estudantes pode não ser garantido o direito de aprender e progredir nos anos escolares. Sem desconsiderar a função essencial e primária do Estado na eliminação das desigualdades e exclusões, destinando à educação os recursos necessários, promovendo formação docente e condições desejáveis para sua atuação, acreditamos também que parte da causa das exclusões se relacione com as práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas, ancoradas na tradição educacional, que se voltou desde sempre, para um aluno padrão imaginário. Quando se trata especificamente do ensino de Matemática, recorte deste estudo, a exclusão se manifesta principalmente, pelo não acesso ao conhecimento básico nesta área de ensino. Assim, os estudantes não progridem nos anos escolares ou progridem sem se apropriar dos conteúdos da disciplina. Um dado importante neste contexto evidencia que quem geralmente fracassa e/ou evade da escola são os estudantes oriundos dos grupos sociais mais vulneráveis, seja do ponto de vista racial, de gênero e/ou de situação socioeconômica mais precária. Neste cenário, tem-se como objetivo compreender como as exclusões acontecem no ensino de Matemática, averiguando as formas alternativas para a redução dessas exclusões e efetiva aprendizagem e progressão escolar dos alunos, especialmente aqueles pertencentes aos grupos em maior vulnerabilidade, por meio de uma pesquisa bibliográfica que tem como instrumento de coleta de dados a revisão sistemática de literatura. Os resultados da pesquisa apontam que ir além do ensino tradicional e utilizar abordagens ou metodologias de ensino que se preocupem com a contextualização ou participação mais ativa dos estudantes pode contribuir para aprendizagens mais efetivas e consequentemente, redução das exclusões no âmbito escolar.