O metabolismo energético, discutido na disciplina Bioquímica, desperta curiosidade nos estudantes, mas é apontado por muitos como um tema desafiador. Isso se deve, em parte, à dificuldade dos alunos em integrar informações essenciais de processos metabólicos, que envolvem muitas etapas e moléculas, tornando, na visão deles, o entendimento complexo. Diante disso, este projeto teve como objetivo principal criar um jogo didático que favoreça a revisão/consolidação de forma ativa e dinâmica de algumas vias metabólicas discutidas em sala de aula: ciclo de Krebs, cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa. O jogo de tabuleiro proposto apresenta-se em duas fases. Na primeira, a turma é dividida em grupos de 4 jogadores, onde um será o mediador. Este gerenciará a leitura das perguntas e anotará as pontuações dos demais jogadores que participam respondendo questões relacionadas a cada etapa do ciclo de Krebs; a cada acerto o jogador avança para a próxima etapa. Regulação enzimática, sentido da reação, intermediários, cofatores, assim como produção ou consumo de energia são temáticas abordadas nas questões. O jogador que percorrer primeiro todo ciclo, vence a primeira fase do jogo e recebe 6 cartas NADH e 2 FADH2. Cada grupo tem um vencedor, e este enfrenta o vencedor de outro grupo na segunda fase do jogo. Nesta fase, a cadeia respiratória e a fosforilação oxidativa são temas das questões, cujas respostas são objetivas: verdadeiro ou falso. Os jogadores apostam as cartas (máximo 2 por pergunta) obtidas na primeira fase do jogo. A cada resposta correta, o jogador recebe moléculas de ATP em números proporcionais à equivalência das moléculas NADH ou FADH2 apostadas. Vence o jogo aquele que terminar com maior número de moléculas de ATP. Acredita-se que a utilização de jogos didáticos favoreça a consolidação do conteúdo, bem como a construção de conhecimento de forma lúdica e integrada.