JESUS, Vanessa Damasceno De et al.. Racismo estrutural: como estamos (re)existindo?. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/95362>. Acesso em: 23/12/2024 02:30
O presente trabalho emerge de discussões e inquietações acerca do racismo, suas manifestações e enfrentamento ao longo da história do Brasil. Partindo do estudo bibliográfico, tem como objetivo refletir o conceito do racismo estrutural e enfatizar as formas de resistência à tal problemática. É sabido que no Brasil o racismo existe desde sempre, alternando suas manifestações e visibilização, posto isto, pensar sobre a resistência dos povos negros é pensar em lutas, conflitos, conquistas, identidades. Ao abordar o racismo estrutural não falamos apenas do fato de uma pessoa branca discriminar uma negra, vai muito mais além, são as condições de sobrevivência que são impostas aos negros, são as péssimas condições de trabalho que essa população é submetida, são os espaços que os negros ocupam na sociedade, os lugares onde moram, de tal modo que tudo já é devidamente projetado para os negros, isto é uma questão estrutural porque são normalizadas pela sociedade que define que determinados grupos devem dominar outros, há relações de poder por trás de todas essas ações que legitimam o racismo. Todavia, falar do negro na história do Brasil e trazer apenas informações acerca da escravização, exploração e dominação, chega a ser um tanto duvidoso. Tão importante quanto pensar nessas questões do passado é evidenciar as inúmeras conquistas e formas de resistências desses povos, as lutas, as guerras, as rebeliões, as fugas, os quilombos e hoje também a inserção nos diversos espaços, na educação, na política, enfim. Resistimos quando falando de nós mesmos, narrando nossas histórias e sendo protagonistas do nosso presente e futuro; resistimos quando assumimos nossas múltiplas identidades de pessoas negras; resistimos quando ousamos expressar nossos pensamentos, nossas escrevivências. O trabalho encontra-se fundamentado em Almeida (2021), Ribeiro (1995), Carneiro (2007) e outros.