Na busca pela compreensão dos motivos que impedem o aluno de graduação de introduzir-se no universo de pesquisa científica, mesmo reconhecendo suas responsabilidades acadêmicas, observa-se a importância da boa relação entre o professor e o aluno e as implicações de sua falta na educação básica. Diante disso, o objetivo deste trabalho é analisar as influências negativas na escrita acadêmica em decorrência da falta de afetividade professor-aluno na educação básica. Além disso, identificar as dificuldades enfrentadas pelos acadêmicos e apontar a importância da afetividade na sua superação. A metodologia utilizada consiste em uma pesquisa básica com abordagem bibliográfica, respaldada por estudos dos teóricos: Freire (1996); Wallon (2008); Veras e Ferreira (2010) que discutem sobre a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem. Observa-se que ao adentrar na universidade, muitos acadêmicos se deparam com a necessidade de desenvolver sua habilidade de escrita, tanto para seu aprimoramento enquanto na universidade quanto, futuramente, profissional. Com isso, deparam-se com muitas inseguranças e medos oriundos da sua relação afetiva com os professores durante a educação básica, que o levam a ter dificuldades para produção de conhecimento científico, visto que não tiveram o incentivo necessário, não foram ensinados de maneira eficaz, e quando cometiam erros buscando aprender, eram podados por quem deveria acolher e ensinar, o professor. Sendo assim, o processo de ensino e aprendizagem é fortemente influenciado pela relação afetiva entre o professor e o aluno. Levando-se em consideração esses aspectos, é necessário que o professor da educação básica esteja ciente das influências que tem sobre o desenvolvimento cognitivo do estudante, e diante disso busque melhorar sua relação com ele. Enquanto o professor universitário deve buscar estratégias e mudanças de atitudes que visem levar o acadêmico a compreender a importância da escrita para seu desenvolvimento como profissional.