Dentro do ambiente da Educação Física e na sociedade, é comum a valorização de conceitos vinculados a eficiência, como possuir um corpo forte, veloz e flexível. Sendo assim, o que pensar daqueles indivíduos que fogem desse estereótipo? Será que tais conceitos se aplicam no ambiente escolar para todas as pessoas que ali estão? Tendo em vista esse cenário, objetivamos dar visibilidade para a prática de professores que atuam em seu cotidiano com conceitos e práticas vinculadas a Educação Física Adaptada e também à inclusão. Para tal utilizamos uma abordagem qualitativa, de caráter bibliográfico e etnográfico realizando entrevistas semiestruturadas com professores de Educação Física. Buscamos entender a atuação e métodos utilizados por estes docentes na rede pública e privada com relação a presença em suas aulas de alunos com e sem deficiência, saber quais são os recursos utilizados, o público atendido, o material humano presente na escola. Ao analisarmos as falas dos professores entrevistados verificamos a aceitabilidade em trabalhar a inclusão bem como o entendimento da importância da ajuda mútua. Percebemos nas falas desses educadores que a ausência de material específico não inibe sua prática pedagógica na proposição de atividades adaptadas para a inclusão dos alunos. Desta forma, notamos que vivenciar o conceito de inclusão e a realização de um trabalho com Educação Física adaptada é algo que exige do professor uma didática que não se aprende nas universidades.