A expansão territorial urbana materializa-se indissociavelmente à transformação da paisagem natural, por meio das diversas relações nos espaços urbanos e rurais. Fatores como a supressão da vegetação, impermeabilização massiva do solo, combinada com as características físicas dos materiais construtivos presentes nas cidades, são capazes de alterar o balanço energético, manifestando-se diretamente através dos elementos e eventos climáticos. Na escala local, como fruto desta modificações, geram-se as ilhas de calor urbanas, afetando diretamente a qualidade de vida e conforto térmico dos citadinos. Deste modo, os estudos do clima urbano surgem a partir da necessidade de contribuir para a construção de espaços cada vez mais agradáveis para a manutenção da vida em toda sua plenitude. O presente trabalho teve como objetivo analisar a espacializar a ocorrência das ilhas de calor superficiais diurnas, mediante a variabilidade de precipitação e adensamento vegetativo no urbano e rural. Para o atendimento da proposta utilizou-se técnicas de sensoriamento remoto, obtendo cartas termais dos alvos e Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Os resultados obtidos evidenciaram a forte correlação da precipitação e as temperaturas superficiais, visto que a estiagem ocasionou intensidades de temperaturas elevadas no entorno rural próximo e em alguns fragmentos do intraurbano, e consequentemente, diminuição da biomassa. Em contrapartida, a precipitação elevou a intensidade do intraurbano em relação ao rural. Em suma, as áreas mais aquecidas referem-se às parcelas de solos descobertos, enquanto o menor aquecimento corresponde às áreas de adensamento vegetativo.