O presente trabalho busca identificar e debater os desmontes das políticas públicas no campo do Brasil entre os governos Michel Temer (2016-2017) e Jair Bolsonaro (2018-2022), tendo como questão norteadora analisar como os governos citados se utilizaram do Estado para darem pujança a agricultura capitalista, enfraquecerem e perseguirem a agricultura familiar, camponesa, os movimentos sociais, os povos das águas e das florestas. Trazendo como objetivo identificar quais marcos centrais dessas políticas de desmonte. As quais resultaram em um grande retrocesso no campo, diminuição da produção de alimentos de base, conflitos e mortes. A extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário é um marco de ruptura com as políticas públicas para o campo nos recentes governos fascistas, o cenário de violência no campo é assustador, a Comissão Pastoral da Terra revelou um aumento de 26%. O INCRA registrou retrocessos na política de assentamentos rurais, o enfraquecimento da agricultura familiar, se expressa como resultado de uma gestão da morte, além do apoio massivo da mídia conjuntamente à ruralista que apaga do debate público os diálogos sobre a Reforma Agrária com a crescente violência, a concentração de terras e o avanço do agronegócio.