Neste artigo iremos analisar as estratégias de lutas territoriais de diversos povos indígenas no Brasil em resposta a morosidade intencional do Estado brasileiro no processo de demarcação das Terras Indígenas (TI’s), buscando discutir sobre a luta por direitos e autonomia das sociedades indígenas atualmente. Para isso, pretendemos analisar os processos de retomada, que são movimentos territoriais constantes que se estabelecem a partir do confronto direto entre comunidades indígenas e fazendeiros, empresas, etc; por geralmente se estabelecerem em espaços de fronteira com o capital, e mapear as autodemarcações registradas no Brasil desde a década de 80, que entendemos como processos políticos legítimos mais efetivos que o Estado, ao construírem territórios desde o coletivo, apresentando novos horizontes de autonomia e emancipação.