O trabalho aborda os investimentos chineses em infraestrutura em diferentes regiões do mundo, como Ásia, Europa, África e América do Sul, com olhar especial para a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, popularmente conhecida como Nova Rota da Seda. O trabalho pretende discutir os avanços técnicos ocorridos na segunda metade do século XX e início do século XXI, além de tensionar reflexões sobre esses projetos de integração ferroviária emergentes, especialmente aqueles liderados por Pequim, em que a Nova Rota da Seda é um expoente. A metodologia do artigo foi dividida em dois grandes momentos: o primeiro para discutir as redes técnicas no mundo contemporâneo e o segundo para examinar o processo de integração logística promovida pelas ações chinesas, com especial olhar para os investimentos nas redes ferroviárias. A pesquisa utiliza diálogos entre autores que promovem reflexões sobre redes técnicas, suas relações com o poder, compressão do espaço pelo tempo, circulação de capital, condições gerais de produção, caminhos do capitalismo pós década de 1970, metropolização do espaço, globalização, entre outros conceitos importantes, para estruturar este olhar sob os investimentos chineses em infraestrutura, especialmente as ferroviais, neste século XXI.