O estudo pautado a partir da Geografia das sexualidades é marcado por ausências e silêncios na produção geográfica brasileira. A proposta central deste artigo perpassa compreender como as temáticas relacionadas à sexualidade lésbica, a migração e o paradoxo do armário constituem teses e dissertações produzidas pelos Programas de Pós-Graduação no Brasil. A sexualidade lésbica perpassa uma vivência social particular, pois, por se tratar de mulheres lésbicas, resulta na lesbianidade como uma identidade social através do recorte de gênero e sexualidade. Dessa forma, metodologicamente o percurso consistiu no levantamento de dados no Catálogo de Teses e Disssertações - CAPES a partir das palavras-chave norteadas para pesquisa: “migração”, “armário” e “lésbica”, tendo como resultado através do refinamento de busca por “grande área de conhecimento” e “área de conhecimento”, o resultado de 555 trabalhos analisados. Essa produção científica foi analisada e culminando na elaboração de gráficos representando as espacialidade e temporalidade da produção de teses e dissertações. Foi utilizado também, a análise por redes semânticas a partir do software Gephi, identificando a matriz teórica dos trabalhos e compreendendo que a geografia pouco produz sobre a lesbianidade no Brasil. A pesquisa manifesta o campo aberto para ascensão da Geografia das sexualidades demonstrando, pois, a importância de se construir uma ciência geográfica subversiva.