A reforma curricular da educação básica ocorrida a partir de 2015 resultou em duas novas diretrizes normativas: a Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio. Porém, pesquisadores da área da educação, professores e estudantes questionam a condução e as decorrências dessa reforma, sobretudo quanto aos ideais e a legitimidade dos grupos que a lideraram, representados principalmente por fundações e institutos privados. Com base nesses questionamentos, este trabalho tem como objetivo, por meio de uma revisão da literatura com foco nas principais ideias de alguns dos principais nomes críticos à reforma, propor reflexões e uma análise crítica acerca das diretrizes político-ideológicas que norteiam as discussões sobre educação básica no Brasil atual, sobretudo no que diz respeito ao currículo escolar. Como resultados, aponta-se o crescimento de um discurso mercadológico e conservador que influencia as políticas públicas em educação e a necessidade do fortalecimento de uma resistência a esses ideais para garantir uma escola democrática, participativa e inclusiva em todas as frentes, incluindo a construção do currículo.