Após a bastante conhecida demolição do Morro do Castelo do Rio de Janeiro durante as comemorações do Centenário da Independência, foi gerada uma grande área esvaziada de ocupação em pleno centro da cidade. Tanto a área sob a projeção da elevação quanto o aterro resultante da operação foram, desde então, objeto de ampla especulação por parte da municipalidade, que buscou estabelecer para a área, por meio de projetos de alinhamento, de diretrizes urbanísticas para guiar a ocupação desse espaço. No período compreendido entre 1920 e 1926, contudo, propostas sucessivas foram promulgadas para a região sem que fosse possível chegar a um consenso. Este trabalho busca investigar os projetos oficiais propostos nesse lapso temporal, cruzando peças cartográficas urbanísticas com informações de periódicos para melhor compreender o contexto das discussões sobre os problemas relacionados a planejamento e forma urbana. Veremos o choque de ideais de espaços públicos, a influência do urbanismo francês e os debates que acabam por levar, no final do recorte proposto, ao consenso de que a então capital federal necessitava de uma proposta urbana global e abrangente.