O presente trabalho decorre no período de constituição da Geografia moderna durante o período ditatorial do governo de Getúlio Vargas (Estado Novo), bem como de um momento que refletiam sobre renovações e surgiam propostas de prescrições e ideais da Escola Nova para o ensino da disciplina. Em contraparte, a análise perpassa também o período de redemocratização do Brasil, com o fim da Era Vargas. Nesse sentido, a pesquisa é composta a partir de fontes históricas, mediante o periódico Revista Brasileira de Geografia (RBG), organizada em 1939 pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). Nesse contexto, objetivou-se investigar como o IBGE contribuiu na constituição da Geografia escolar moderna para o ensino secundário, por meio das prescrições metodológicas abarcadas na RBG, para assim, entender o contexto histórico e atribuições da Geografia voltadas para o ensino secundário. Utilizamos o percurso metodológico a partir da seleção bibliográfica para leitura e fichamentos da literatura; exploração da Biblioteca Digital do IBGE; Catalogação e elaboração de roteiro; Leitura em gabinete e Sistematização das análises. Assim, questionamentos sobre as inovações que surgiram com orientações modernas, as indicações para os docentes instrumentalizarem prática pedagógica e as principais orientações metodológicas dispostas pela RBG, problematizaram a pesquisa. Desse modo, apresentamos resultados da pesquisa de cunho historiográfico e bibliográfico no ínterim de 1939 a 1951, sendo possível corroborarmos importantes contribuições prescritas para os professores secundários que se associam com os movimentos da Geografia moderna e da Escola Nova, com a finalidade formativa por intermédio do periódico estudado como veículo de informação e formação.