Os mapas, muito além de uma simplória representação territorial em escala reduzida a um papel, sempre foram sinônimo de conhecimento e de informação relevante sobre determinados espaços terrestres, sobretudo de um aporte aos contextos políticos nos quais poderiam ser constantemente modificados em concordância com o interesse econômico e político sobre o ambiental e o social. Neste sentido, aquele que detinha o domínio das informações contidas no documento mapa, teriam facilmente o total domínio de qualquer território existente. Esta pesquisa desponta sobre a importância da cartografia social e dos mapeamentos participativos em comunidades que são diretamente afetadas pelas grandes obras do Estado em conluio com o grande capital e que sofrem cotidianamente a violação dos seus territórios, tendo como palco principal o espaço correspondente ao Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), situ entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Tal pesquisa apresenta como recorte as comunidades Serraria, Mercês e Tiriri que buscam, a partir do mapeamento participativo, formas de mitigar os impactos provocados em seus territórios devido ao avanço dos empreendimentos propostos pelo CIPS.