Recentemente, presenciamos a emergência do programa “Escola sem Partido” que visa eliminar a educação das “ideologias”. Para seus partidários, o ensino tradicional de física, baseado na memorização e aplicação de fórmulas, esvaziada de todo conteúdo ontológico, epistemológico e axiológico, torna-se paradigma. Por essa razão defendemos dois princípios: (i) toda produção discursiva é ideológica. O papel do educador é preparar os educandos a reconhecer as formas aceitáveis e não aceitáveis de ideologia. (ii) o ensino de ciências que não faça interfaces com a história e a epistemologia das ciências corre sério risco de se converter em ideologia não aceitável e em falso modelo de neutralidade para educação. Para justificarmos essas proposições, fazemos uma análise crítica da relação massa-energia e como Einstein a interpretava. Por fim, como corolário, mostramos que é justamente a “Escola sem Partido”, a educação tradicional e as concepções positivistas que correspondem a discursos ideológicos não aceitáveis e partidários