A história das comunidades quilombolas é marcada por uma luta constante, que se deu antes mesmo da proclamação da Lei Áurea em 1888, período este, que foi marcado pela resistência negra. Além da libertação da escravatura, esta lei serviu para que os negros refugiados conseguissem expressar-se culturalmente, religiosamente e socialmente, tendo este grupo, uma forte participação na história do Brasil. Diante de tantos aspectos tornou-se estritamente necessário os estudos nas áreas étnicas raciais, tornado-se obrigatório o ensino da historia e cultura africana com a Lei 10.639 de 2003, entretanto, para uma melhor compreensão de tais aspectos é necessário que os professores utilizem ferramentas pedagógicas como as visitas técnicas que propiciem um aprofundamento e complemento dos conteúdos contidos nos livros didáticos além de instigar os alunos ao processo de pesquisa. Para verificar o nível de conhecimento dos alunos de graduação dos cursos de Ciências Biológicas e Agronomia, da Universidade Federal da Paraíba, na cidade de Areia, após a visitação as comunidades Caiana dos Crioulos (Alagoa Grande-PB) e Carcará (Potengi-CE), foi aplicado um questionário semi-estruturado, no qual foi possível observar que para maioria dos estudantes se configurou como um primeiro contato com comunidades, sendo uma importante estratégia pedagógica para aquisição de conceitos étnico-raciais.