A baixa escolaridade dos idosos brasileiros é uma característica marcante do país, condição preocupante uma vez que a instrução escolar exerce influências sobre o seu desempenho cognitivo. Destarte, o trabalho objetiva avaliar a relação da educação com o desempenho cognitivo de idosos. Trata-se de uma pesquisa transversal, com abordagem quantitativa. Participaram 80 idosos, com idades a partir de 65 anos, residentes em Campina Grande-PB. Os instrumentos de coleta foram: questionário sociodemográfico; Mine-Exame do Estado Mental (MEEM); Escala de Avaliação de Demência (DRS). Realizaram-se análises descritivas e inferenciais a partir do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os participantes apresentaram idade média de 77,50 anos (DP=5,46), distribuídos em 21 (36,3%) homens e 59 (73,8%) mulheres. Observou-se predominância de idosos com baixa escolaridade: 28,8% analfabetos e 40% as séries iniciais do ensino fundamental. Os resultados encontrados na aplicação do DRS apontaram uma relação do nível de escolaridade dos idosos com o seu desempenho nas diferentes subescalas de avaliação das funções cognitivas. As pontuações em todas as subescalas foram maiores para os idosos com escolaridade mais elevada. Ressalta-se a importância da inclusão do idoso em atividades educativas que estimulem o seu funcionamento cognitivo, refletindo em ganhos na participação social, promoção da saúde e qualidade de vida.