Entender a inclusão do aluno surdo na escola passa por desvelar como se dão as relações entre os principais atores que compõem seu universo, dos quais destacamos: o professor da sala regular, o intérprete de Libras (TILSP) e o professor de atendimento educacional especializado. Por isso, apresentamos uma pesquisa qualitativa com objetivos exploratórios sobre a percepção de intérpretes de Libras acerca do trabalho realizado pelo professor de Física em sala de aula. Para isto, entrevistamos três intérpretes de Libras que tiveram experiências com a referida disciplina. Segundo os resultados, as percepções das intérpretes indicaram que um trabalho com aulas tradicionais e sem a utilização de recursos adequados – como os visuais – dificulta o aprendizado do discente surdo. Também foi indicado que a falta de conhecimento em Física por parte desse profissional é um fator dificultador, pois faz com que haja maior período de comunicação para esclarecimentos com o professor. A dificuldade em trabalhar com a disciplina de forma prática também é apontada, além do fato de não ser disponibilizado o material com antecedência. Para contornar a situação, a parceria intérprete/docente de Física é tida pelas profissionais como o melhor caminho para realização de um trabalho exitoso.