Com a diminuição da prática de atividade física na adolescência devido ao crescente avanço das tecnologias e modernização da sociedade, surge a preocupação de seu impacto na saúde das pessoas e, em nosso caso, a preocupação também acontece com os escolares, já que grande destes, são adolescentes que não atingem níveis suficientes de atividade física e consequentemente não obtendo benefícios desejados para a saúde e o adequado desenvolvimento físico e motor. Objetivo: Verificar o nível de atividade física (NAF) moderada a vigorosa nas aulas de Educação Física e identificar sua relação com componentes do estilo de vida e uso de smartphone de alunos do Ensino Fundamental de quatro escolas públicas de Presidente Prudente – SP. Métodos: Foram avaliados 264 adolescentes de 9 a 15 anos e foram obtidos dados referentes ao NAF por meio de acelerômetro triaxial Actigraph que também serviram para caracterizar os pontos de corte para NAF. Variáveis de estilo de vida foram obtidas por questionário auto reportado denominado Smartphone Inventary for Adolescents (SIA). O software SPHYNX Survey versão 5.1.0.8. foi utilizado para tabulação das respostas do questionário. A associação das variáveis foi feita pelo teste Qui- quadrado (x2) e teste exato de Fisher e as comparações entre os grupos por teste t de Student para variáveis independentes. Todas as análises estatísticas foram feitas no programa SPSS para Windows, versão 25, e o nível de significância adotado de 5%. Resultados: Observou-se que 88,2% dos adolescentes possuem aparelho smartphone e 96,72% atenderam a recomendação de 50% do tempo das aulas de Educação Física (EF) em atividade física moderada a vigorosa (AFMV). Sobre o perfil dos usuários do smartphone, 84,4% dos escolares utilizam o smartphone durante sete dias da semana para o lazer e para estudo e 50,9% reportaram utilizar em um dia da semana. Ainda, 56,7% da amostra relatou utilizar o smartphone durante o período noturno. Além disso foi possível identificar uma relação entre o uso do smartphone e o nível de atividade física dos alunos, onde, aqueles que o utilizam mais tempo, apresentaram menor tempo em AFMV. Aplicações: Vale ressalvar a importância da utilização desse um novo instrumento SIA de investigação para obtenção de dados referentes ao perfil de uso relacionado ao uso de smartphone que, até então, não se tinha conhecimento de nenhum outro questionário validado e aplicado para a população brasileira. Conclusão: apesar do uso diário pela maioria dos adolescentes investigados, o tempo de uso concentra-se no período noturno, o que pode estar influenciando para que os mesmos mantenham o NAF dentro das recomendações.