Introdução: Um aumento exponencial na participação de corredores nas diversas corridas de rua espalhadas pelo Brasil pôde ser observado nos últimos anos, destacando-se a participação feminina. Dentre os principais objetivos, a busca por melhor desempenho é constantemente observada, especialmente na economia de corrida, que pode ser influenciada pela instalação de fadiga neuromuscular nos membros inferiores. Objetivo: O objetivo foi observar o efeito agudo de uma prova simulada de 10 km sobre o tempo no ar, altura do salto, potência absoluta e relativa durante o salto com contramovimento (CMJ). Métodos: O estudo foi composto por 25 corredoras recreacionais, com tempo médio nos 10 km de 3571,12 ±499,88 segundos; idade média de 39,8 ±8,7 anos; massa corporal de 63,8 ±8,9 kg; estatura de 165,3 ±6,8 cm; IMC de 23,3 ±2,7 kg/m²; e percentual de gordura de 22,5 ±3,9 %. Essa pesquisa foi aprovada sob o protocolo CAEE: 44153321.4.0000.5404. As corredoras realizaram uma competição simulada de 10 km em percurso plano, estimuladas a realizar seu melhor desempenho possível. Cinco minutos antes da largada (M1) e imediatamente após a conclusão da prova simulada (M2), o teste de salto vertical com contramovimento (CMJ) foi realizado, utilizando o tapete de contato CEFISE® e calculado por meio do software Jump System 1.0 as variáveis de tempo no ar, altura do salto, potência absoluta e relativa. Cada corredora realizava três tentativas, com intervalo de dez segundos entre elas, utilizando apenas a marca de maior valor. Após a coleta de informações a análise foi feita utilizando teste T pareado entre os momentos, adotando-se o valor de p<0,05. Resultados: As principais informações apontam que houve sensível aumento dos valores de tempo no ar, altura do salto e potência relativa, enquanto a potência absoluta apresentou sensível diminuição, porém sem diferença significante: Tempo no Ar (M1: 370,8 ±46,4 ms e M2: 382,2 ±46,6 ms, p = 0,151), Altura do Salto (M1: 17,0 ±4,1 cm e M2: 18,2 ±4,3 cm, p = 0,103), Potência Absoluta (M1: 2265,0 ±1099,1 W e M2: 2236,3 ±894,4 W, p = 0,715) e Potência Relativa (M1: 29,8 ±6,2 W/kg e M2: 30,8 ±5,1 W/kg, p = 0,161). Conclusão: Conclui-se que a prova simulada de 10 km, apresenta comportamento particular em cada variável da técnica do CMJ e situa-se como interessante indicador para monitoramento de resposta do treino de 10 km em corredoras recreacionais.