Este trabalho é resultado de pesquisa de tese concluída. O contexto contemporâneo neoliberal e as imposições versadas pelos textos da legislação brasileira têm destacado o pragmatismo e a racionalidade técnica no campo da formação de professores/as do ensino superior, contribuindo para a não valorização da experiência dos docentes universitários. O objetivo do artigo foi analisar o trabalho e a formação de professores/as do curso de História da Universidade Federal do Maranhão diante das tensões e contradições apresentadas pela realidade do ensino superior. Trabalhamos com as categorias formação, trabalho e saberes experienciais, a partir dos autores Nóvoa (1987), Bondía (2011), Cunha (2009), Tardif (2002), Pimenta e Anastasiou (2005), Thompson (2002). A metodologia funda-se em trechos das narrativas dos/as professores/as entrevistados/as no ano de 2020 por meio do uso daq entrevista narrativa que permitiu coletar dados no campo investigado, possibilitando a análise a partir do materialismo histórico dialético, buscando a compreensão das situações ligadas à formação dos sujeitos investigados, que são os/as professores/as do curso de História da UFMA, destacando suas experiências na formação e no trabalho.O conjunto das análises desvelou que as experiências dos/as professores/as sobre formação e trabalho, comportam diferentes faces associadas aos saberes epistêmicos, existenciais, sociais, políticos e econômicos e que, nesse processo, os/as professores/as sujeitos da investigação acionam suas referências e experiências, na tentativa de estabelecer diálogos com as situações de ensino realizadas individual ou coletivamente, uma vez que a ausência de espaços instituídos para a reflexão dos saberes da prática à luz dos conhecimentos teóricos torna ainda mais difícil o trabalho de professores/as, geralmente, tanto na escola como na universidade.