O reconhecimento da identidade constitui um fator extremamente importante na vida de uma pessoa, no entanto, algumas pessoas negras possuem certa dificuldade de autoreconhecerem-se como negras, devido à história de luta sofrida no passado em épocas de escravidão e do não reconhecimento da pessoa negra na sociedade brasileira. Por este motivo, é necessário um trabalho de reconhecimento identitário desde criança, valorizando que todos são diferentes e isto não nos condiciona uma superioridade ou inferioridade em relação ao outro. Para este reconhecimento, a escola constitui-se uma grande influenciadora no desenvolvimento do respeito às diferenças e a diversidade humana. Este trabalho relata a experiência extensionista em uma escola municipal de Areia/PB, com o objetivo de reconhecimento da identidade negra nas séries iniciais do ensino fundamental. A escola atende crianças oriundas da zona rural, da Comunidade Negra de Camará e da Comunidade Quilombola Senhor do Bonfim, nas cidades de Remígio e Areia, respectivamente. As ações se constituíram por meio de aulas referentes aos temas afro-brasileiros, falando sobre a identidade de cada ser humano e questões relacionadas ao preconceito, com imagens e vídeos interativos e a literatura infantil. Percebeu-se que as crianças embora sendo negras e pertencentes em sua maioria de comunidades negras, possuem preconceitos raciais e dificuldades no reconhecimento da própria identidade. Conclui-se a importância da inserção de temáticas étnico-raciais nas séries iniciais no cotidiano escolar, a fim de que os alunos desde criança conheçam a história dos negros e haja a superação do preconceito na sociedade.