Falar de língua é algo que envolve um mundo de perspectiva, e com a Libras não é diferente. Abordaremos problemáticas atuais a cerca do ensino de Surdos nas escolas, enfatizando a pedagogia bilíngue para Surdos. No decorrer deste artigo, trataremos dos aspectos que envolvem a escola bilíngue: o letramento, a Libras, a formação docente e principalmente o desenvolvimento da criança surda nessa modalidade de ensino. Os estudos pedagógicos inclusivos trazem uma boa idéia de ensino na teoria, todavia a realidade dessas crianças é bem distinta, não há efetivação da educação. As escolas inclusivas não têm estrutura humana, pedagógica, didática e metodológica para reunir inúmeras especificidades das crianças com deficiência. O Surdo é um ser capaz como qualquer outro, porém precisa de recursos adequados para a aprendizagem. Cremos na pertinência da escola bilíngue como método fundamental no ensino-aprendizagem, não só na sua língua (L1), que é a Libras, mas também para um melhor desempenho na aprendizagem da segunda língua (L2), nesse caso a língua portuguesa, na modalidade escrita. A proposta desse tipo de escola não é só na ênfase da língua materna, entretanto ensinar a cultura, literatura, filosofia, arte e outras peculiaridades referentes a uma língua, que não é visada na escola regular/inclusiva.