EM 2020, A COVID-19, DOENÇA ORIGINADA PELO VÍRUS SARS-COV-2, CONHECIDO COMO CORONAVÍRUS, DISSEMINOU-SE EM PROPORÇÕES PANDÊMICAS EM TODOS OS TERRITÓRIOS. MEDIDAS CONTINGENCIAIS, PROFILÁTICAS E RESTRITIVAS FORAM ADOTADAS PELOS MAIS DIFERENTES SETORES DA SOCIEDADE, OCASIONANDO IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E INDIVIDUAL, NA ECONOMIA, NA CULTURA E NAS SUBJETIVIDADES. AS MEDIDAS HIGIÊNICAS PARA BARRAR A PROLIFERAÇÃO DO VÍRUS MODIFICARAM ALGUMAS RELAÇÕES SOCIAIS, ENTRE ELAS, AS DINÂMICAS DE TRABALHO E DE ESTUDOS. NO ÂMBITO EDUCACIONAL, AS ESCOLAS NECESSITARAM ADOTAR MEDIDAS PALIATIVAS PARA O CUMPRIMENTO DOS CURRÍCULOS E DAS DEMANDAS PEDAGÓGICAS; HOUVE UM GRANDE ESFORÇO PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS DO DISTANCIAMENTO SOCIAL E DA SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES PRESENCIAS NAS INSTITUIÇÕES DURANTE OS PERÍODOS CRÍTICOS DE CONTAMINAÇÃO PELA DOENÇA. NO PARANÁ, A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE (SEED/PR) INSTITUIU O ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES ESCOLARES POR MEIO DE PLATAFORMAS EDUCACIONAIS E DE UMA SÉRIE DE FERRAMENTAS ONLINE AUXILIADORAS DA APRENDIZAGEM, A SABER: O AULA PARANÁ, SOLUÇÃO ADOTADA PELO GOVERNO, COMPOSTA POR 5 FERRAMENTAS (CANAIS DIGITAIS E GRATUITOS DE TV ABERTA, CANAL NO YOUTUBE, SALAS DO GOOGLE CLASSROOM, APLICATIVO PARA CELULAR AULA PARANÁ, E TRILHAS DA APRENDIZAGEM COM ATIVIDADES E MATERIAIS IMPRESSOS VISANDO O AUXÍLIO DE PROFESSORES NO PLANEJAMENTO E DE ALUNOS SEM ACESSO ÀS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA ACOMPANHAS AS AULAS). O AMBIENTE VIRTUAL PASSOU A SER O ESPAÇO DE APRENDIZAGEM POSSÍVEL PARA O PROCESSO FORMATIVO, INCLUSIVE, PARA FUTUROS PROFESSORES, ESTUDANTES VINCULADOS AOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO E INCENTIVO À DOCÊNCIA, AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO E AOS PROJETOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES. NO ENSINO SUPERIOR, O ENSINO EMERGENCIAL REMOTO (ERE) PASSOU A SER O ESPAÇO POSSÍVEL PARA A CONTINUIDADE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM, BEM COMO PARA A CONSECUÇÃO DOS PROJETOS E CONTATOS (DIRETOS E INDIRETOS) COM AS ESCOLAS PARCEIRAS NA FORMAÇÃO DOCENTE (GATTI, 2020). ESSE CONTEXTO NÃO OBLITEROU DIFICULDADES E DESAFIOS COMO A URGÊNCIA EM DESENVOLVER NOVAS PRÁTICAS E CONDUÇÕES PEDAGÓGICAS, ALTERNATIVAS PARA A FORMAÇÃO DOS LICENCIANDO E OUTRAS RELAÇÕES COM O TRABALHO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR EM MODO REMOTO E AQUISIÇÃO, ÀS PRESSAS, DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES COM AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO SE FIZERAM PRESENTES. MEDIANTE O EXPOSTO OBJETIVAMOS APRESENTAR E DISCUTIR AS ATIVIDADES PLANEJADAS E REALIZADAS PELO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA – SUBPROJETO BIOLOGIA DE UMA UNIVERSIDADE EM PARCERIA COM ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA NO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ. CONSIDERANDO O ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA, A DISCUSSÃO CONTEXTUALIZADA DOS CONTEÚDOS NO PERÍODO PANDÊMICO ALINHA-SE À IMPORTÂNCIA DA APROPRIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E DO ENTENDIMENTO DOS FENÔMENOS NATURAIS, À INTERVENÇÃO CRÍTICA PARA SUPERAR OS NEGACIONISMOS E AS CONCEPÇÕES PRÉVIAS OU ALTERNATIVAS QUE INCORREM EM DISTORÇÕES SOBRE A DOENÇA E À COMPREENSÃO DAS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS, DAS RELAÇÕES HUMANAS E INTERESPECÍFICAS NO MECANISMO DA DOENÇA. ALÉM DISSO, AS DISCUSSÕES EM CIÊNCIAS E BIOLOGIA CONTRIBUEM PARA O RECONHECIMENTO DA HISTÓRIA E DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO CONTEXTO PROFILÁTICO, VACINAL, POLÍTICO E ECONÔMICO, PARA A COMPREENSÃO DAS BIOTECNOLOGIAS E DA PRODUÇÃO DE FÁRMACOS. SEGUNDO SOARES ET AL (2021), OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA, NA FASE CRÍTICA DA COVID-19, FORAM ESSENCIAIS PARA A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO À COMUNIDADE ESCOLAR; FICOU EVIDENTE QUE OS DOCENTES SÃO INDISPENSÁVEIS NA INSTRUÇÃO DOS ALUNOS E NA SOCIALIZAÇÃO DESSES PARA A VIDA CIDADÃ. EMBORA DISTÂNCIA, QUALIDADE NOS ACESSOS TECNOLÓGICOS, EVASÃO ESCOLAR, LIMITAÇÕES QUANTO AO USO DAS PLATAFORMAS VIRTUAIS TENHAM AFETADO SUBSTANCIALMENTE AS INTERAÇÕES ESCOLARES E, NO ÂMBITO DA FORMAÇÃO DOCENTE INICIAL, MODIFICADO A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS LICENCIANDOS, ESSES FUTUROS PROFESSORES SE DEPARARAM COM CONDIÇÕES INÉDITAS, NECESSIDADES DE SE ADAPTAREM ÀS NOVAS INTERAÇÕES, NECESSIDADE DE CONSTRUIR UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O ERE E SOBRE AS DINÂMICAS ONLINE, OUTRAS MANEIRAS DE RECONTEXTUALIZAR O CONHECIMENTO BIOLÓGICO, NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO, DA AULA E DA DIALOGICIDADE PROFESSOR-ALUNO E ALUNO-ALUNO E USO DE RECURSOS DIDÁTICOS DIFERENCIADOS. ATENTOS A TAIS QUESTÕES E FUGINDO DE UMA PERSPECTIVA DE TREINAMENTO DOCENTE FOCADA APENAS NA APLICABILIDADE DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS, O PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA – SUBPROJETO BIOLOGIA PERMITIU A INSERÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA DOS LICENCIANDOS NAS PLATAFORMAS VIRTUAIS COORDENADAS POR ESCOLAS-CAMPO DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA, DIRECIONANDO O PLANEJAMENTO DA FORMAÇÃO PARA A VIVÊNCIA/CRÍTICA DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NO PERÍODO REMOTO, PARA CONTEXTUALIZAÇÕES DA CIÊNCIA E DA BIOLOGIA EM DISCUSSÕES RELACIONADAS ÀS QUESTÕES PANDÊMICAS E QUESTÕES SÓCIO CIENTÍFICAS EM TURMAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO E PARA MEDIAÇÕES COM NOVOS RECURSOS TECNOLÓGICOS ATRAVESSADOS PELAS DIFICULDADES ESTRUTURAIS E CONTINGENCIAIS OCASIONADAS PELA PANDEMIA. DESSA FORMA, OS DOIS PRIMEIROS MÓDULOS DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA FORAM ORGANIZADOS PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE CASO, DESENVOLVIMENTO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS INVESTIGATIVAS, DEBATES SOBRE A HISTÓRIA DAS PANDEMIAS, DEBATES SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, DIÁLOGOS COM PROFESSORES PRECEPTORES E ACOMPANHAMENTO CRÍTICO REFLEXIVO DAS INTERAÇÕES NO AULA PARANÁ. DESTACAMOS, NESTE TRABALHO, O ESTUDO DE CASO SOBRE A PLATAFORMA AULA PARANÁ E A SEQUÊNCIA DIDÁTICA INVESTIGATIVA SOBRE HISTÓRIA DAS PANDEMIAS, VACINAS E OS PERIGOS DAS FAKENEWS E DO NEGACIONAISMO CIENTÍFICO (1º. MÓDULO). NUM PRIMEIRO MOMENTO, FOI APRESENTADO O PLANEJAMENTO DO MÓDULO AOS RESIDENTES PEDAGÓGICOS COM DISCUSSÕES E DEBATES SOBRE O ERE EM TERMOS POLÍTICOS E EDUCACIONAIS, LEVANTANDO, PRINCIPALMENTE, CRÍTICAS A ESSE MODELO EM FUNÇÃO DA REDUÇÃO DA DIALOGICIDADE NAS AULAS VIRTUAIS. EM SEGUIDA, OS PROFESSORES PRECEPTORES APRESENTARAM O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) DE CADA ESCOLA COMO ATIVIDADE DE AMBIENTAÇÃO ONLINE. APÓS A AMBIENTAÇÃO, OS RESIDENTES ACESSARAM A PLATAFORMA AULA PARANÁ, ACOMPANHANDO AS ATIVIDADES SEMANAIS E A PROGRAMAÇÃO PRÉVIA ENVIADA PELA SEED/PR ÀS ESCOLAS – AULAS GRAVADAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA COM CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA AS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO; SÍNTESE DOS CONTEÚDOS APRESENTADOS EM AULAS, QUESTÕES DE FIXAÇÃO DA APRENDIZAGEM, SUGESTÕES DE VÍDEOS E TEXTOS, OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO PRESENTES NO MATERIAL IMPRESSO “TRILHAS DA APRENDIZAGEM”, JUNTAMENTE COM O ACOMPANHAMENTO DAS MEDIAÇÕES REALIZADAS PELOS PRECEPTORES NO GOOGLE CLASSROOM. NOS “ESTUDOS DE CASO” FORAM DESTACADAS QUESTÕES COMO: AMBIENTE VIRTUAL, IDENTIDADE VISUAL DOCENTE, USO DE EXEMPLIFICAÇÕES E CONTEXTUALIZAÇÕES DO CONHECIMENTO BIOLÓGICO, RELAÇÕES COM AULAS E CONTEÚDOS ANTERIORES, RELAÇÕES COMO CONTEXTO PANDÊMICO, DIALOGICIDADE PROFESSOR-ALUNO E ALUNO-ALUNO, PROBLEMATIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS AULAS, USO DE RECURSOS, INDICAÇÕES DE COMPLEMENTAÇÃO EXTRACURRICULAR, PRESENÇA/EVASÃO DE ALUNOS NAS AULAS, LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES DO ERE, ENTRE OUTROS. DISSO, RESULTARAM TRABALHOS CRÍTICOS APONTANDO O DESDOBRAMENTO DOS PROFESSORES E A PRECARIZAÇÃO DO ENSINO NA PANDEMIA. APÓS O ESTUDO, OS RESIDENTES DESENVOLVERAM A SEQUÊNCIA INVESTIGATIVA SOBRE PANDEMIAS, ADEQUANDO A DISCUSSÃO À CADA SÉRIE E TURMA, COM ÊNFASE NOS USOS SOCIAIS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO, NA IMPORTÂNCIA DAS VACINAS AO LONGO DA HISTÓRIA, PONTUANDO ATRAVESSAMENTO DE GÊNERO E CLASSE (DESCOBERTAS DAS VACINAS, USO DE COBAIAS HUMANAS, RELAÇÃO VACINA E DESFAVORECIMENTO SOCIAL NOS PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA), ALÉM DA FISIOLOGIA VIRAL E DE RELAÇÕES ECOLÓGICAS DESEQUILIBRADAS QUE PROMOVEM IMPACTOS AMBIENTAIS E A DISSEMINAÇÃO DE AGENTES BIOLÓGICOS. FORAM PROBLEMATIZADAS QUESTÕES COMO NEGACIONISMO CIENTÍFICO E TRATAMENTOS INEFICAZES DIVULGADOS POR NOTÍCIAS FALACIOSAS E FALSAS. ESSE É UM EXEMPLO DE CONTEXTUALIZAÇÃO DA BIOLOGIA EM TEMAS SIGNIFICATIVOS PARA OS ALUNOS E DE GRANDE IMPORTÂNCIA SOCIAL, EVIDENCIANDO A IMPORTÂNCIA DE SE PENSAR A RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA NA FORMAÇÃO DOS RESIDENTES E NA CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE DIRETAMENTE RELACIONADA ÀS CONDIÇÕES ESCOLARES.