Artigo E-book VIII ENALIC

E-books

ISBN: 978-65-86901-58-0

UNIVERSIDADES BRASILEIRAS: NOTAS SOBRE SEGREGAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E COLONIALIDADE

Palavra-chaves: ENSINO SUPERIOR, AÇÕES AFIRMATIVAS, UNIVERSIDADES BRASILEIRAS, RACISMO CIENTÍFICO, Comunicação Oral (CO) ET 04: Educação, diversidade e Inclusão social
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O ACESSO À EDUCAÇÃO É COMPREENDIDO COMO UM DIREITO SOCIAL BÁSICO, QUE DEVE SER PROTEGIDO PELA POPULAÇÃO E PELAS ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, COMO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 DESCREVE. O PROCESSO DE INTERROGAR OS DESAFIOS ATUAIS DA ÁREA, COMO EVASÃO ESCOLAR, O RACISMO COMO MÉTODO DE EXPULSÃO DE DETERMINADAS VIVÊNCIAS DO SISTEMA DE ENSINO E OUTRAS ESTRATÉGIAS DE IMPEDIMENTO DO ACESSO E PERMANÊNCIA, NOS CONVOCAM A REALIZAR UMA RETOMADA HISTÓRICA DE COMO SE INSTAURARAM AS ESTRUTURAS ACADÊMICAS CONTEMPORÂNEAS. NESSE DESENVOLVIMENTO, CONCENTRAMO-NOS NA FUNDAÇÃO, NO CONTINENTE EUROPEU, DO ENSINO UNIVERSITÁRIO. PODEMOS DEMARCAR A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799) COMO UM EVENTO HISTÓRICO DE GRANDE INFLUÊNCIA NA CONCEPÇÃO DE DIREITOS HUMANOS, QUE REFLETIU, CONSEQUENTEMENTE, NOS PARÂMETROS REPUBLICANOS DE ACESSO UNIVERSAL E PÚBLICO À EDUCAÇÃO. AS ORIGENS DO ENSINO SUPERIOR TÊM RAÍZES NAS QUATRO PRIMEIRAS FACULDADES CRIADAS: FILOSOFIA, TEOLOGIA, MEDICINA E DIREITO, EM MEADOS DO SÉCULO XI. O ISOLAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES UNIVERSITÁRIAS EM RELAÇÃO À SOCIEDADE, JUNTAMENTE COM O CRESCIMENTO EXPRESSIVO DAS OBTENÇÕES DE DIPLOMAS, PROVOCOU O DECRÉSCIMO DE SUA NOTORIEDADE NOS SÉCULOS SEGUINTES. NO SÉCULO XVI, UMA NOVA ONDA DE ELABORAÇÕES INTELECTUAIS SURGE, SOBRETUDO, NA ÁREA DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA, COM AS INVASÕES NO CONTINENTE AMERICANO OU ABYA YALA (DENOMINAÇÃO DO POVO KUNA PARA O QUE SERIA A AMÉRICA), COMO ESTOPIM. AS TENSÕES ENTRE AS ENTIDADES RELIGIOSAS E OS GOVERNOS NÃO DEIXARAM DE INFLUENCIAR OS ANDAMENTOS DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR. EM ALGUNS PAÍSES, POR CONSEGUINTE, SEU CARÁTER PRESTIGIADO DIMINUIU BASTANTE. EM SUA CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO, ESSE ESPAÇO ERA OCUPADO POR HOMENS BRANCOS RICOS, QUE PODIAM USUFRUIR DO PRIVILÉGIO DE DISPOR DE TEMPO E DINHEIRO PARA INVESTIR NOS MATERIAIS E PRODUZIR SUAS EXPERIMENTAÇÕES. AS MULHERES BRANCAS, MAJORITARIAMENTE, ERAM BANIDAS DESSES LUGARES. O SÉCULO XVIII CARACTERIZA-SE, NESSA SEARA, ENQUANTO UM ALICERCE PARA A SEPARAÇÃO DOS ESTUDOS EM DISCIPLINAS E A SOLIDIFICAÇÃO DE UMA CIÊNCIA UNIFICADA POR PRINCÍPIOS COMUNS, AO PASSO QUE AS CIÊNCIAS HUMANAS NO SÉCULO XIX, FORTIFICAM-SE COM AS MUDANÇAS POLÍTICAS DA ÉPOCA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, EVENTOS EMBLEMÁTICOS PARA A VIDA MODERNA. NESSA ESTEIRA, TEMOS COMO EXEMPLO A FUNDAÇÃO DA SOCIOLOGIA, TENDO COMO PRECURSORES AUGUSTE COMTE, ÉMILE DURKHEIM, KARL MARX E MAX WEBER. NAS CIÊNCIAS DA NATUREZA, DA SAÚDE, DAS HUMANIDADES, OBSERVAMOS NO DESENVOLVIMENTO DE SUAS TÉCNICAS, CALÇADAS NAS JUSTIFICATIVAS BIOLÓGICAS DE DISTINÇÃO CIVILIZATÓRIA ENTRE HUMANOS, OS ARGUMENTOS PERMUTADORES DO RACISMO CIENTÍFICO. NOS CENTROS ACADÊMICOS DE PESQUISA, SIMULTANEAMENTE, NOVAS NORMATIVAS SÃO IMPLEMENTADAS PARA A SEPARAÇÃO DOS CONHECIMENTOS EMERGENTES. ASSIM, OBSERVAMOS O DESDOBRAMENTO ACERCA DE QUAIS PENSAMENTOS E TEORIAS SERIAM PERMITIDOS NOS AMBIENTES ACADÊMICOS E QUAIS SERVIRIAM COMO MAIS UM INSTRUMENTO DE OBJETIVAÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, FORMAS DE OBJETIFICAÇÃO DA VIDA (COMO OS DISPOSITIVOS RACIALIZADORES, POR EXEMPLO). NESSAS REGULAMENTAÇÕES CIENTÍFICAS, ENCONTRAMOS OS PRESSUPOSTOS DE QUALIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO DOS SABERES VÁLIDOS. ATRAVÉS DESSES QUADROS, PRÁTICAS RACISTAS E SEXISTAS, QUE OBSERVAMOS NA ATUALIDADE, ENCONTRAM RAÍZES NA PRÓPRIA CRIAÇÃO E ESTRUTURA INICIAL DA(S) UNIVERSIDADE(S), COMO IMPORTANTE DISPOSITIVO DE ENUNCIAÇÃO DE EPISTEMOLOGIAS HEGEMÔNICAS. A DESIGUALDADE, O ESPÍRITO DE SUPERIORIDADE EM OPOSIÇÃO AO CRESCIMENTO COLETIVO, A INDIVIDUALIZAÇÃO DOS SUJEITOS QUE NELA CIRCULAM NÃO SÃO CARACTERÍSTICAS IMPARCIAIS OU IMPREVISÍVEIS, ELAS SÃO EFEITOS DE AGENCIAMENTOS QUE FORAM POSSIBILITADOS E TIVERAM SUA CONDIÇÕES FIRMADAS EM JOGOS DE DOMINAÇÃO – AOS QUAIS PODEMOS LOCALIZAR COMO HERANÇAS DO COLONIALISMO E COLONIALIDADE, FUNDAMENTALMENTE ETNO/RACIAL-GÊNERO-CENTRADA NAS NORMATIVAS DA BRANQUITUDE E DA CISHETEROSSEXUALIDADE. AS PRIMEIRAS EXPERIMENTAÇÕES DO QUE SERIA O ENSINO SUPERIOR CHEGAM EM TERRITÓRIO BRASILEIRO POR MEIO DE CRIAÇÕES DE ACADEMIAS MILITARES NA ÁREA DA MEDICINA, NO RIO DE JANEIRO E NA BAHIA, NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DE 1800. ANTERIORMENTE AO INÍCIO DAS INSTALAÇÕES, O VÍNCULO FORMATIVO OCORRIA, PRINCIPALMENTE, POR INTERMÉDIO DA ASSOCIAÇÃO COM A UNIVERSIDADE DE COIMBRA, EM PORTUGAL. DURANTE ESSE SÉCULO, A EXPANSÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR MOBILIZOU ENTIDADES QUE SE OPUNHAM AO SEU CRESCIMENTO. HOUVE, PRINCIPALMENTE, DISPUTAS DE PODER ENTRE A IGREJA CATÓLICA E O GOVERNO PELO CONTROLE DAS UNIVERSIDADES. O INÍCIO DO SÉCULO XX FOI MARCADO PELAS NOVAS CONFIGURAÇÕES DO BRASIL REPUBLICANO, DESSA FORMA, O DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO TAMBÉM SE MANIFESTAVA DE MODO EFERVESCENTE. NÃO DISTANTE DE SUA BASE FUNDADORA, ESSES ESPAÇOS ERAM DIRECIONADOS PARA AS CLASSES DOMINANTES. COMO EXIBIÇÃO DAS POSIÇÕES DE PODER, AS UNIVERSIDADES SERVEM COMO UM NOVO MODELO DIFERENCIADO PARA UM PEQUENO GRUPO ARISTOCRATA. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), POR EXEMPLO, FOI FUNDADA EM 1934, NO ENTANTO, SUAS ESTRUTURAS PRELIMINARES JÁ EXISTIAM ENQUANTO FACULDADE DE DIREITO, DESDE 1827. A INSTITUIÇÃO SURGE TAMBÉM COMO UM INVESTIMENTO PARA DEMONSTRAR A HEGEMONIA PAULISTA NA POLÍTICA NACIONAL. CONCLUÍMOS QUE O HISTÓRICO SEGREGATÓRIO DA INSTALAÇÃO DAS UNIVERSIDADES NO BRASIL REFLETE-SE EM DISCRIMINAÇÕES, NA FALTA OU PRECARIEDADE DE POLÍTICAS DE INGRESSO E PERMANÊNCIA PARA O PÚBLICO UNIVERSITÁRIO ATUAL, QUE SE PODE CONFIRMAR PELA EMBLEMÁTICA DIMINUIÇÃO DAS INSCRIÇÕES REALIZADAS PELA JUVENTUDE NEGRA NO ENEM DE 2021. POR MEIO DE MUITAS LUTAS E CONQUISTAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, A LEI DE COTAS RACIAIS E SOCIAIS, Nº 12.711/2012, REPRESENTA, EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO FEDERAIS, UM ENFRENTAMENTO A ESSE CENÁRIO. VALE RESSALTAR QUE ESSA É UMA POLÍTICA PÚBLICA QUE AINDA PRECISA SER DEFENDIDA, ESPECIALMENTE QUANDO, NO GOVERNO FEDERAL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO, QUALQUER AVANÇO OU CONQUISTA EM PROL DOS DIREITOS DE EQUIDADE, DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E CRÍTICO ESTÁ SOB AMEAÇA. CONSIDERANDO-SE QUE A UNIVERSIDADE É, HOJE, E FOI, EM MUITAS SITUAÇÕES, UMA IMPORTANTE TRINCHEIRA DE DESCONSTRUÇÃO E FORMULAÇÃO DE APOSTAS E FERRAMENTAS TEÓRICO-CONCEITUAIS EM INCIDÊNCIA POLÍTICA E CULTURAL DE CONTRAPOSIÇÃO ÀS DIFERENTES FORMAS DE DOMINAÇÃO. RESULTA DESSAS APOSTAS A POSSIBILIDADE DE NOVOS MODOS DE OCUPAÇÃO E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, EXPRESSOS EM GIROS EPISTEMOLÓGICOS E REBELIÕES COTIDIANAS DE CORPOS QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO IMPORTAVAM OU AINDA NÃO IMPORTAM PARA A RACIONALIDADE POLÍTICO-ECONÔMICA E RACIAL PREDOMINANTE."
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          N&oacute;s passarinhos, eles passar&atilde;o: esperan&ccedil;ar, agir e resistir na forma&ccedil;&atilde;o de professores.<br />\r\n
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          A pandemia se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
          <br />\r\n
          Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas.<br />\r\n
          <br />\r\n
          &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica foram realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online. Sem condi&ccedil;&otilde;es de realiza&ccedil;&atilde;o em 2020, a necessidade de efetivar esse conjunto de eventos &eacute; inadi&aacute;vel. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es a serem debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
          <br />\r\n
          A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos buscam contribuir com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos. Para tanto, ter&atilde;o em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a participarem desse momento especial, mesmo que virtual, para juntarmos for&ccedil;a, reflex&atilde;o e energia para a luta!<br />\r\n
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          A pandemia se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
          <br />\r\n
          Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas.<br />\r\n
          <br />\r\n
          &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica foram realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online. Sem condi&ccedil;&otilde;es de realiza&ccedil;&atilde;o em 2020, a necessidade de efetivar esse conjunto de eventos &eacute; inadi&aacute;vel. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es a serem debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
          <br />\r\n
          A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos buscam contribuir com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos. Para tanto, ter&atilde;o em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a participarem desse momento especial, mesmo que virtual, para juntarmos for&ccedil;a, reflex&atilde;o e energia para a luta!<br />\r\n
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                  A pandemia da COVID-19 se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
                  Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas, embora a educa&ccedil;&atilde;o, mesmo sob as mais adversas condi&ccedil;&otilde;es, nunca ficou parada.<br />\r\n
                  &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica que s&atilde;o realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online, ap&oacute;s adiarmos sua realiza&ccedil;&atilde;o inicialmente prevista para 2020. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
                  A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos mais uma vez contribu&iacute;ram com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos, tendo em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a lerem ebook do evento como continuidade do processo desencadeado em dezembro. Sem d&uacute;vidas, estaremos junt@s daqui a pouco, de modo presencial, para que a nossa energia seja cada vez mais revertida em organiza&ccedil;&atilde;o de luta dos docentes e licenciandos desse Brasil, que acreditam na educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, democr&aacute;tica, laica e de qualidade, socialmente referenciada para todos!<br />\r\n
                  Boa leitura!<br />\r\n
                  &nbsp;<br />\r\n
                  Nilson de Souza Cardoso<br />\r\n
                  Sueli Guadelupe de Lima Mendon&ccedil;a<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima<br />\r\n
                  Maio de 2022.<br />\r\n
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                  Nilson de Souza Cardoso<br />\r\n
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                  Ad&eacute;lia Maria Evangelista Azevedo (Unidades de Jardim- UEMS)<br />\r\n
                  Alana Cec&iacute;lia de Menezes Sobreira (UECE)<br />\r\n
                  Ana Maria Pereira Lima (UECE)<br />\r\n
                  Andr&eacute; Lu&iacute;s de Oliveira (Universidade Estadual de Maring&aacute;-UEM)<br />\r\n
                  Beatriz Fernanda Almeida da Silva (Unespar)<br />\r\n
                  Cl&aacute;udia In&ecirc;s Horn (UNIVATES)<br />\r\n
                  Claudia Maria Sallai Tanhoffer (UFPR)<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild (Universidade do Vale do Taquar&iacute; - Univates)<br />\r\n
                  Cristiane Maria Sampaio Forte (UECE)<br />\r\n
                  Desire Luciane Dominschek (Uninter/Unicamp)<br />\r\n
                  Douglas Eduardo Soares Pereira (Instituto Federal do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  Eliane Matesco Cristov&atilde;o (UNIFEI)<br />\r\n
                  Elsio Jos&eacute; Cor&aacute; (UFFS)<br />\r\n
                  Fabiane Oleg&aacute;rio (UNIVATES)<br />\r\n
                  Fabr&iacute;cio Bonfim Sud&eacute;rio (UECE)<br />\r\n
                  Fernanda Silvia Veloso (UFPR)<br />\r\n
                  Flavia Sueli Fabiani Marcatto (UNIFEI)<br />\r\n
                  Gicele Maria Cervi (PUC - S&Atilde;O PAULO)<br />\r\n
                  Giselle Giovanna do Couto de Oliveira (IFPR)<br />\r\n
                  Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar (Universidade Estadual de Maring&aacute; - UEM)<br />\r\n
                  Iara Aquino (IFPR)<br />\r\n
                  Isabel Cristina Rodrigues (UEM)<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima (UECE)<br />\r\n
                  Jones Baroni Ferreira de Menezes (UECE)<br />\r\n
                  Jose Fernandes da Silva (IFMG)<br />\r\n
                  Karina Soledad Maldonado Molina (USP)<br />\r\n
                  Leandro Palcha (UFPR)<br />\r\n
                  Leila Cleuri Pryjma (IFPR)<br />\r\n
                  Lilian Cristina Buzato Ritter (UEM)<br />\r\n
                  Luc&eacute;lio Ferreira Simi&atilde;o (UEMS)<br />\r\n
                  Luciana Facchini (Instituto Superior de Educa&ccedil;&atilde;o Ivoti)<br />\r\n
                  Luiz Felipe Marques (Universidade Estadual do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  M&aacute;rcia Elisa Tet&eacute; Ramos (UEM)<br />\r\n
                  Marcilene de Assis Alves Araujo (Universidade de Gurupi - UnirG)<br />\r\n
                  Maria Elisabete Bersch (UNIVATES)<br />\r\n
                  Maria M&aacute;rcia Melo de Castro Martins (UECE)<br />\r\n
                  Mariana Feiteiro Cavalari &nbsp;(UNESP - RIO CLARO)<br />\r\n
                  M&aacute;rio C&eacute;zar Amorim de Oliveira (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  NO&Ecirc;MIA DOS SANTOS PEREIRA MOURA (UFGD)<br />\r\n
                  Raylson Francisco Nunes de Sousa (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  Rosane de Fatima Batista Teixeira (IFPR)<br />\r\n
                  Sandra Regina D&rsquo; Antonio Verrengia (UEM)<br />\r\n
                  S&eacute;rgio Nunes Lopes (Universidade do Vale do Taquari - Univates)<br />\r\n
                  Sergio Vale da Paix&atilde;o (IFPR)<br />\r\n
                  T&acirc;nia Maria de Sousa Fran&ccedil;a (Universidade Estadual do Cear&aacute; - UECE)<br />\r\n
                  Thais Ludmila Da Silva Ranieri (UFRPE)<br />\r\n
                  Viviane Paula Martini (IFPR)<br />\r\n
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                  A pandemia da COVID-19 se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
                  Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas, embora a educa&ccedil;&atilde;o, mesmo sob as mais adversas condi&ccedil;&otilde;es, nunca ficou parada.<br />\r\n
                  &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica que s&atilde;o realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online, ap&oacute;s adiarmos sua realiza&ccedil;&atilde;o inicialmente prevista para 2020. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
                  A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos mais uma vez contribu&iacute;ram com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos, tendo em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a lerem ebook do evento como continuidade do processo desencadeado em dezembro. Sem d&uacute;vidas, estaremos junt@s daqui a pouco, de modo presencial, para que a nossa energia seja cada vez mais revertida em organiza&ccedil;&atilde;o de luta dos docentes e licenciandos desse Brasil, que acreditam na educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, democr&aacute;tica, laica e de qualidade, socialmente referenciada para todos!<br />\r\n
                  Boa leitura!<br />\r\n
                  &nbsp;<br />\r\n
                  Nilson de Souza Cardoso<br />\r\n
                  Sueli Guadelupe de Lima Mendon&ccedil;a<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima<br />\r\n
                  Maio de 2022.<br />\r\n
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                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
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                  Ad&eacute;lia Maria Evangelista Azevedo (Unidades de Jardim- UEMS)<br />\r\n
                  Alana Cec&iacute;lia de Menezes Sobreira (UECE)<br />\r\n
                  Ana Maria Pereira Lima (UECE)<br />\r\n
                  Andr&eacute; Lu&iacute;s de Oliveira (Universidade Estadual de Maring&aacute;-UEM)<br />\r\n
                  Beatriz Fernanda Almeida da Silva (Unespar)<br />\r\n
                  Cl&aacute;udia In&ecirc;s Horn (UNIVATES)<br />\r\n
                  Claudia Maria Sallai Tanhoffer (UFPR)<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild (Universidade do Vale do Taquar&iacute; - Univates)<br />\r\n
                  Cristiane Maria Sampaio Forte (UECE)<br />\r\n
                  Desire Luciane Dominschek (Uninter/Unicamp)<br />\r\n
                  Douglas Eduardo Soares Pereira (Instituto Federal do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  Eliane Matesco Cristov&atilde;o (UNIFEI)<br />\r\n
                  Elsio Jos&eacute; Cor&aacute; (UFFS)<br />\r\n
                  Fabiane Oleg&aacute;rio (UNIVATES)<br />\r\n
                  Fabr&iacute;cio Bonfim Sud&eacute;rio (UECE)<br />\r\n
                  Fernanda Silvia Veloso (UFPR)<br />\r\n
                  Flavia Sueli Fabiani Marcatto (UNIFEI)<br />\r\n
                  Gicele Maria Cervi (PUC - S&Atilde;O PAULO)<br />\r\n
                  Giselle Giovanna do Couto de Oliveira (IFPR)<br />\r\n
                  Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar (Universidade Estadual de Maring&aacute; - UEM)<br />\r\n
                  Iara Aquino (IFPR)<br />\r\n
                  Isabel Cristina Rodrigues (UEM)<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima (UECE)<br />\r\n
                  Jones Baroni Ferreira de Menezes (UECE)<br />\r\n
                  Jose Fernandes da Silva (IFMG)<br />\r\n
                  Karina Soledad Maldonado Molina (USP)<br />\r\n
                  Leandro Palcha (UFPR)<br />\r\n
                  Leila Cleuri Pryjma (IFPR)<br />\r\n
                  Lilian Cristina Buzato Ritter (UEM)<br />\r\n
                  Luc&eacute;lio Ferreira Simi&atilde;o (UEMS)<br />\r\n
                  Luciana Facchini (Instituto Superior de Educa&ccedil;&atilde;o Ivoti)<br />\r\n
                  Luiz Felipe Marques (Universidade Estadual do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  M&aacute;rcia Elisa Tet&eacute; Ramos (UEM)<br />\r\n
                  Marcilene de Assis Alves Araujo (Universidade de Gurupi - UnirG)<br />\r\n
                  Maria Elisabete Bersch (UNIVATES)<br />\r\n
                  Maria M&aacute;rcia Melo de Castro Martins (UECE)<br />\r\n
                  Mariana Feiteiro Cavalari &nbsp;(UNESP - RIO CLARO)<br />\r\n
                  M&aacute;rio C&eacute;zar Amorim de Oliveira (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  NO&Ecirc;MIA DOS SANTOS PEREIRA MOURA (UFGD)<br />\r\n
                  Raylson Francisco Nunes de Sousa (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  Rosane de Fatima Batista Teixeira (IFPR)<br />\r\n
                  Sandra Regina D&rsquo; Antonio Verrengia (UEM)<br />\r\n
                  S&eacute;rgio Nunes Lopes (Universidade do Vale do Taquari - Univates)<br />\r\n
                  Sergio Vale da Paix&atilde;o (IFPR)<br />\r\n
                  T&acirc;nia Maria de Sousa Fran&ccedil;a (Universidade Estadual do Cear&aacute; - UECE)<br />\r\n
                  Thais Ludmila Da Silva Ranieri (UFRPE)<br />\r\n
                  Viviane Paula Martini (IFPR)<br />\r\n
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Publicado em 05 de abril de 2022

Resumo

ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO REVISAR ELEMENTOS DA INSTAURAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL A PARTIR DE UM OLHAR INTERSECCIONAL. POR MEIO DOS ESTUDOS PÓS-ESTRUTURALISTAS E FEMINISTAS, PROBLEMATIZAMOS COMO OS MARCADORES SOCIAIS, POR EXEMPLO, DE RAÇA E GÊNERO, TORNAM-SE ESSENCIAIS PARA ANALISAR A SEGREGAÇÃO NO INGRESSO, NA PERMANÊNCIA E NO AVANÇO DE UMA CARREIRA ACADÊMICA PARA PESSOAS NEGRAS. REALIZAMOS A PESQUISA ATRAVÉS DA REVISÃO TEÓRICA DE ESTUDOS SOBRE A CRIAÇÃO DO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO NO BRASIL E DE INVESTIGAÇÕES ATUAIS QUE RETRATAM OS CONSTANTES OBSTÁCULOS QUE PESSOAS NEGRAS ENFRENTAM PARA ALCANÇAR UM POSTO COMO DOCENTES UNIVERSITÁRIAS. ALÉM DISSO, O INGRESSO, COMO ESTUDANTES, EM CURSOS CONSIDERADOS SOCIALMENTE MAIS PRESTIGIOSOS, DEVIDO À PROBABILIDADE DE MAIOR REMUNERAÇÃO ECONÔMICA, TAMBÉM SÃO PRECEDIDOS DE INÚMEROS ENTRAVES PARA PESSOAS NÃO BRANCAS, O QUE PRETENDEMOS PONTUAR, AQUI. O ACESSO À EDUCAÇÃO É COMPREENDIDO COMO UM DIREITO SOCIAL BÁSICO, QUE DEVE SER PROTEGIDO PELA POPULAÇÃO E PELAS ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, COMO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 DESCREVE. O PROCESSO DE INTERROGAR OS DESAFIOS ATUAIS DA ÁREA, COMO EVASÃO ESCOLAR, O RACISMO COMO MÉTODO DE EXPULSÃO DE DETERMINADAS VIVÊNCIAS DO SISTEMA DE ENSINO E OUTRAS ESTRATÉGIAS DE IMPEDIMENTO DO ACESSO E PERMANÊNCIA, NOS CONVOCAM A REALIZAR UMA RETOMADA HISTÓRICA DE COMO SE INSTAURARAM AS ESTRUTURAS ACADÊMICAS CONTEMPORÂNEAS. NESSE DESENVOLVIMENTO, CONCENTRAMO-NOS NA FUNDAÇÃO, NO CONTINENTE EUROPEU, DO ENSINO UNIVERSITÁRIO. PODEMOS DEMARCAR A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799) COMO UM EVENTO HISTÓRICO DE GRANDE INFLUÊNCIA NA CONCEPÇÃO DE DIREITOS HUMANOS, QUE REFLETIU, CONSEQUENTEMENTE, NOS PARÂMETROS REPUBLICANOS DE ACESSO UNIVERSAL E PÚBLICO À EDUCAÇÃO. AS ORIGENS DO ENSINO SUPERIOR TÊM RAÍZES NAS QUATRO PRIMEIRAS FACULDADES CRIADAS: FILOSOFIA, TEOLOGIA, MEDICINA E DIREITO, EM MEADOS DO SÉCULO XI. O ISOLAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES UNIVERSITÁRIAS EM RELAÇÃO À SOCIEDADE, JUNTAMENTE COM O CRESCIMENTO EXPRESSIVO DAS OBTENÇÕES DE DIPLOMAS, PROVOCOU O DECRÉSCIMO DE SUA NOTORIEDADE NOS SÉCULOS SEGUINTES. NO SÉCULO XVI, UMA NOVA ONDA DE ELABORAÇÕES INTELECTUAIS SURGE, SOBRETUDO, NA ÁREA DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA, COM AS INVASÕES NO CONTINENTE AMERICANO OU ABYA YALA (DENOMINAÇÃO DO POVO KUNA PARA O QUE SERIA A AMÉRICA), COMO ESTOPIM. AS TENSÕES ENTRE AS ENTIDADES RELIGIOSAS E OS GOVERNOS NÃO DEIXARAM DE INFLUENCIAR OS ANDAMENTOS DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR. EM ALGUNS PAÍSES, POR CONSEGUINTE, SEU CARÁTER PRESTIGIADO DIMINUIU BASTANTE. EM SUA CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO, ESSE ESPAÇO ERA OCUPADO POR HOMENS BRANCOS RICOS, QUE PODIAM USUFRUIR DO PRIVILÉGIO DE DISPOR DE TEMPO E DINHEIRO PARA INVESTIR NOS MATERIAIS E PRODUZIR SUAS EXPERIMENTAÇÕES. AS MULHERES BRANCAS, MAJORITARIAMENTE, ERAM BANIDAS DESSES LUGARES. O SÉCULO XVIII CARACTERIZA-SE, NESSA SEARA, ENQUANTO UM ALICERCE PARA A SEPARAÇÃO DOS ESTUDOS EM DISCIPLINAS E A SOLIDIFICAÇÃO DE UMA CIÊNCIA UNIFICADA POR PRINCÍPIOS COMUNS, AO PASSO QUE AS CIÊNCIAS HUMANAS NO SÉCULO XIX, FORTIFICAM-SE COM AS MUDANÇAS POLÍTICAS DA ÉPOCA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, EVENTOS EMBLEMÁTICOS PARA A VIDA MODERNA. NESSA ESTEIRA, TEMOS COMO EXEMPLO A FUNDAÇÃO DA SOCIOLOGIA, TENDO COMO PRECURSORES AUGUSTE COMTE, ÉMILE DURKHEIM, KARL MARX E MAX WEBER. NAS CIÊNCIAS DA NATUREZA, DA SAÚDE, DAS HUMANIDADES, OBSERVAMOS NO DESENVOLVIMENTO DE SUAS TÉCNICAS, CALÇADAS NAS JUSTIFICATIVAS BIOLÓGICAS DE DISTINÇÃO CIVILIZATÓRIA ENTRE HUMANOS, OS ARGUMENTOS PERMUTADORES DO RACISMO CIENTÍFICO. NOS CENTROS ACADÊMICOS DE PESQUISA, SIMULTANEAMENTE, NOVAS NORMATIVAS SÃO IMPLEMENTADAS PARA A SEPARAÇÃO DOS CONHECIMENTOS EMERGENTES. ASSIM, OBSERVAMOS O DESDOBRAMENTO ACERCA DE QUAIS PENSAMENTOS E TEORIAS SERIAM PERMITIDOS NOS AMBIENTES ACADÊMICOS E QUAIS SERVIRIAM COMO MAIS UM INSTRUMENTO DE OBJETIVAÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, FORMAS DE OBJETIFICAÇÃO DA VIDA (COMO OS DISPOSITIVOS RACIALIZADORES, POR EXEMPLO). NESSAS REGULAMENTAÇÕES CIENTÍFICAS, ENCONTRAMOS OS PRESSUPOSTOS DE QUALIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO DOS SABERES VÁLIDOS. ATRAVÉS DESSES QUADROS, PRÁTICAS RACISTAS E SEXISTAS, QUE OBSERVAMOS NA ATUALIDADE, ENCONTRAM RAÍZES NA PRÓPRIA CRIAÇÃO E ESTRUTURA INICIAL DA(S) UNIVERSIDADE(S), COMO IMPORTANTE DISPOSITIVO DE ENUNCIAÇÃO DE EPISTEMOLOGIAS HEGEMÔNICAS. A DESIGUALDADE, O ESPÍRITO DE SUPERIORIDADE EM OPOSIÇÃO AO CRESCIMENTO COLETIVO, A INDIVIDUALIZAÇÃO DOS SUJEITOS QUE NELA CIRCULAM NÃO SÃO CARACTERÍSTICAS IMPARCIAIS OU IMPREVISÍVEIS, ELAS SÃO EFEITOS DE AGENCIAMENTOS QUE FORAM POSSIBILITADOS E TIVERAM SUA CONDIÇÕES FIRMADAS EM JOGOS DE DOMINAÇÃO – AOS QUAIS PODEMOS LOCALIZAR COMO HERANÇAS DO COLONIALISMO E COLONIALIDADE, FUNDAMENTALMENTE ETNO/RACIAL-GÊNERO-CENTRADA NAS NORMATIVAS DA BRANQUITUDE E DA CISHETEROSSEXUALIDADE. AS PRIMEIRAS EXPERIMENTAÇÕES DO QUE SERIA O ENSINO SUPERIOR CHEGAM EM TERRITÓRIO BRASILEIRO POR MEIO DE CRIAÇÕES DE ACADEMIAS MILITARES NA ÁREA DA MEDICINA, NO RIO DE JANEIRO E NA BAHIA, NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DE 1800. ANTERIORMENTE AO INÍCIO DAS INSTALAÇÕES, O VÍNCULO FORMATIVO OCORRIA, PRINCIPALMENTE, POR INTERMÉDIO DA ASSOCIAÇÃO COM A UNIVERSIDADE DE COIMBRA, EM PORTUGAL. DURANTE ESSE SÉCULO, A EXPANSÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR MOBILIZOU ENTIDADES QUE SE OPUNHAM AO SEU CRESCIMENTO. HOUVE, PRINCIPALMENTE, DISPUTAS DE PODER ENTRE A IGREJA CATÓLICA E O GOVERNO PELO CONTROLE DAS UNIVERSIDADES. O INÍCIO DO SÉCULO XX FOI MARCADO PELAS NOVAS CONFIGURAÇÕES DO BRASIL REPUBLICANO, DESSA FORMA, O DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO TAMBÉM SE MANIFESTAVA DE MODO EFERVESCENTE. NÃO DISTANTE DE SUA BASE FUNDADORA, ESSES ESPAÇOS ERAM DIRECIONADOS PARA AS CLASSES DOMINANTES. COMO EXIBIÇÃO DAS POSIÇÕES DE PODER, AS UNIVERSIDADES SERVEM COMO UM NOVO MODELO DIFERENCIADO PARA UM PEQUENO GRUPO ARISTOCRATA. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), POR EXEMPLO, FOI FUNDADA EM 1934, NO ENTANTO, SUAS ESTRUTURAS PRELIMINARES JÁ EXISTIAM ENQUANTO FACULDADE DE DIREITO, DESDE 1827. A INSTITUIÇÃO SURGE TAMBÉM COMO UM INVESTIMENTO PARA DEMONSTRAR A HEGEMONIA PAULISTA NA POLÍTICA NACIONAL. CONCLUÍMOS QUE O HISTÓRICO SEGREGATÓRIO DA INSTALAÇÃO DAS UNIVERSIDADES NO BRASIL REFLETE-SE EM DISCRIMINAÇÕES, NA FALTA OU PRECARIEDADE DE POLÍTICAS DE INGRESSO E PERMANÊNCIA PARA O PÚBLICO UNIVERSITÁRIO ATUAL, QUE SE PODE CONFIRMAR PELA EMBLEMÁTICA DIMINUIÇÃO DAS INSCRIÇÕES REALIZADAS PELA JUVENTUDE NEGRA NO ENEM DE 2021. POR MEIO DE MUITAS LUTAS E CONQUISTAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, A LEI DE COTAS RACIAIS E SOCIAIS, Nº 12.711/2012, REPRESENTA, EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO FEDERAIS, UM ENFRENTAMENTO A ESSE CENÁRIO. VALE RESSALTAR QUE ESSA É UMA POLÍTICA PÚBLICA QUE AINDA PRECISA SER DEFENDIDA, ESPECIALMENTE QUANDO, NO GOVERNO FEDERAL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO, QUALQUER AVANÇO OU CONQUISTA EM PROL DOS DIREITOS DE EQUIDADE, DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E CRÍTICO ESTÁ SOB AMEAÇA. CONSIDERANDO-SE QUE A UNIVERSIDADE É, HOJE, E FOI, EM MUITAS SITUAÇÕES, UMA IMPORTANTE TRINCHEIRA DE DESCONSTRUÇÃO E FORMULAÇÃO DE APOSTAS E FERRAMENTAS TEÓRICO-CONCEITUAIS EM INCIDÊNCIA POLÍTICA E CULTURAL DE CONTRAPOSIÇÃO ÀS DIFERENTES FORMAS DE DOMINAÇÃO. RESULTA DESSAS APOSTAS A POSSIBILIDADE DE NOVOS MODOS DE OCUPAÇÃO E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, EXPRESSOS EM GIROS EPISTEMOLÓGICOS E REBELIÕES COTIDIANAS DE CORPOS QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO IMPORTAVAM OU AINDA NÃO IMPORTAM PARA A RACIONALIDADE POLÍTICO-ECONÔMICA E RACIAL PREDOMINANTE.

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